S�o Paulo, 07 - O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil decidiu nesta ter�a-feira, 7, que a entidade m�xima da Advocacia vai requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) o levantamento do sigilo da dela��o do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado - piv� do pedido de pris�o do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB/AL), do senador Romero Juc� (PMDB/RR) e do ex-presidente Jos� Sarney (PMDB/AP).
"A OAB quer garantir que os profissionais que atuam no caso tenham pleno acesso aos autos e tamb�m que a sociedade saiba exatamente o que est� acontecendo, de maneira transparente", afirma o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.
A decis�o da entidade ocorre em meio �s reclama��es de advogados que alegam n�o ter acesso ao conte�do da dela��o de S�rgio Machado.
O ex-presidente da Transpetro gravou conversas com Renan, Juc� e Sarney, antes seus aliados e amigos. Os di�logos revelam inten��es do presidente do Congresso em mudar a legisla��o da dela��o premiada. Indicam, ainda, disposi��o do ex-ministro Juc� - por doze dias chefe do Planejamento do governo interino Michel Temer - e do ex-presidente Sarney em travar a Opera��o Lava Jato.
Os �udios de Machado d�o base ao pedido de pris�o de Renan, Juc� e Sarney, entregue pelo procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal
O requerimento da OAB que ser� levado ao Supremo tem a mesma base de outro pedido da entidade no epis�dio envolvendo o ent�o senador Delc�dio Amaral (ex-PT/MS), em que trechos da sua dela��o j� estavam sendo divulgados pela m�dia, em fevereiro.
"Vivemos uma crise �tica sem precedentes, que d� � sociedade uma oportunidade �mpar de depura��o da classe pol�tica brasileira. Quanto maior a transpar�ncia sobre o conte�do e a possibilidade de acesso a ele pela sociedade, melhor para o Estado Democr�tico de Direito", diz Lamachia.
O presidente destacou que a OAB quer garantir aos advogados dos pol�ticos citados na dela��o de S�rgio Machado "a garantia plena de sua livre atua��o, bem como o amplo direito de defesa, conforme determina a Constitui��o".