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Estado de Minas

Relator de processo contra Cunha condena press�o sobre Tia Eron


postado em 08/06/2016 16:31

Bras�lia, 08 - O deputado Marcos Rog�rio (DEM-RO), relator do processo que pede a cassa��o do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta quarta-feira, 8, que a puni��o do peemedebista se d� pelo conjunto das provas e condenou as press�es, atribu�das ao PRB e ao Pal�cio do Planalto, para que a deputada Tia Eron (PRB-BA) vote de maneira favor�vel ao representado.

"N�o d� para compreender que o governo queira se meter numa briga que � da Casa. N�o acredito que o presidente (em exerc�cio) Michel Temer tenha qualquer tipo de envolvimento nessa mat�ria. Ele tem problemas maiores, acho que n�o se daria ao trabalho de se envolver", afirmou.

Rog�rio considerou desrespeitosa a postura de Tia Eron de sequer comparecer � sess�o do Conselho de �tica ontem para votar o parecer. Ele cobrou da colega coer�ncia no voto, mas disse que n�o cabe a ele procur�-la para saber sua posi��o.

O relator n�o vai alterar seu parecer e manter� a recomenda��o de perda de mandato, rejeitando assim a proposta do deputado Jo�o Carlos Bacelar (PR-BA) para suspender Cunha por tr�s meses. Nas alega��es finais, que j� est�o prontas e ser�o apresentadas ao colegiado, Rog�rio diz que tanto ele quanto Bacelar concordam que houve quebra de decoro. Ele lembra que Bacelar afirma categoricamente em seu voto que Cunha "deteriorou" o decoro da Casa.

Rog�rio alega que as provas demonstram que houve dep�sitos nas contas dos trustes e que Cunha omitiu informa��o relevante da C�mara para ocultar as contas na Su��a. "A pena aplic�vel para este tipo de comportamento � a perda de mandato. N�o � o relator que escolhe a pena, � o C�digo de �tica", explicou.

O relator disse que apesar de respeitar a posi��o pol�tica de quem defende Cunha, negar as evid�ncias das provas e a quebra do decoro � "ignor�ncia aos fatos", que seriam, segundo ele, contundentes. "N�o poderia sugerir uma pena mais branda diante de uma gravidade demonstrada como essa ao longo da instru��o", justificou.

Manobras

O relator refutou a acusa��o de Cunha de que, ao adiar a vota��o do parecer, houve "manobra esp�ria". "Ouvir isso da equipe do Eduardo que o conselho est� manobrando para prejudic�-lo, � algo que espanta qualquer um aqui. Se tem algu�m que manobrou o tempo todo nesse processo foi o Eduardo e sua equipe. O especialista em manobras aqui, eu penso que n�o � o presidente do conselho, nem o relator", rebateu.

Rog�rio disse que n�o vai para o enfrentamento das manobras de Cunha - inclusive na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a - porque precisa se manter isento. Para o deputado, em algum momento a Justi�a poder� interferir para n�o deixar a Casa "desprotegida". Ele afirmou que compreende o direto de "esperneio" do peemedebista. "Querer atribuir o r�tulo de 'manobrador' geral do Conselho de �tica ao presidente do conselho ou ao relator, acho que n�o combina com o conjunto dos comportamentos. � s� olhar para tr�s, o hist�rico deixa claro quem manobrou no Conselho de �tica", destacou.

O presidente do conselho, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), disse que o adiamento da vota��o foi um ato previsto no Regimento Interno da Casa. "Foi uma manobra do bem", brincou.

Sob press�o do grupo de Cunha, que amea�ava coletar um ter�o das assinaturas dos membros do colegiado para for�ar a marca��o da sess�o de vota��o do parecer de Rog�rio, Ara�jo marcou a pr�xima reuni�o para ter�a-feira, 14. A sess�o s� ser� remarcada para o dia seguinte se o advogado Marcelo Nobre, defensor de Cunha, n�o conseguir desmarcar seu compromisso de ter�a-feira e solicitar, por e-mail, o reagendamento da reuni�o.

Ara�jo disse que n�o procurou a deputada Tia Eron para n�o ser acusado de pression�-la. "Estou dando um tempo para Tia Eron repensar. Que ela vote com sua consci�ncia e n�o com a consci�ncia do governo", afirmou.


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