Os senadores da base aliada de Temer indicaram funcion�rios de carreira do Tesouro Nacional como testemunhas de acusa��o na comiss�o do impeachment. Os depoimentos, entretanto, foram vistos de forma positiva pelos aliados de Dilma, que elogiaram os servidores.
J� era madrugada desta quinta-feira quando o coordenador-geral de opera��es de cr�dito (Copec) do Tesouro Nacional, Adriano Pereira de Paula, p�de responder �s quest�es dos senadores.
Adriano afirmou que toda a quita��o do passivo de 2015 foi feita at� 28 de dezembro, ou seja, dentro do exerc�cio e em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. O funcion�rio do Tesouro disse que houve restos a pagar em 2016, mas que eram tecnicamente poss�veis.
Adriano tamb�m afirmou ser plaus�vel dizer que o valor do Plano Safra n�o seja definido por um �nico integrante do governo federal, ou seja, retirando a autoria da presidente afastada Dilma Rousseff da opera��o de cr�dito chamada de pedalada fiscal.
As declara��es do servidor do Tesouro foram t�o satisfat�rias para a defesa que o ex-advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, parabenizou a testemunha da acusa��o e n�o quis fazer a ele nenhuma outra pergunta.
O secret�rio-adjunto do Tesouro Nacional, Ot�vio Ladeira, foi a �ltima testemunha do dia. Ele confirmou que, em 2013, a equipe do �rg�o identificou problemas fiscais, mas n�o fez nenhum encaminhamento especial para a presidente Dilma.
Ladeira afirmou ainda que, em 2015, ano que � analisado no processo de impeachment, houve "inflex�o" em rela��o aos anos anteriores, no sentido de que o governo se esfor�ou em fazer pagamentos atrasados e quitar d�bitos. Dessa forma, "todos os pagamentos foram realizados at� dezembro", inclusive as pedaladas.
"� importante comentar que em abril foi criado um comit� de subsecret�rios para evitar atrasos nos pagamentos - ou, se houvesse, que fosse uma decis�o colegiada", afirma Ladeira.
Mais uma vez, Cardozo abriu m�o de fazer perguntas � testemunha, satisfeito com as declara��es que caracterizou como "t�cnicas". Ladeira se despediu da comiss�o sob elogios de senadores petistas, que disseram que a testemunha trouxe declara��es "verdadeiras", independentes de posicionamentos pol�ticos.
Adiamento
Por causa da longa dura��o da sess�o que ouviu as primeiras testemunhas e que durou mais de 14 horas, os senadores optaram por cancelar a reuni�o desta quinta-feira. A comiss�o do impeachment voltar� a se reunir na segunda-feira, �s 16h, e na ter�a-feira, �s 11h, tamb�m para ouvir testemunhas.