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Estado de Minas

Dez colaboradores asseguram: Renan, Juc�, Sarney e Cunha receberam propinas

Os pol�ticos repudiam as acusa��es


postado em 10/06/2016 07:41


Propinas relatadas por sete colaboradores da Opera��o Lava-Jato com destino ao quarteto do PMDB que o Minist�rio P�blico quer ver na cadeia superam os R$ 200 milh�es, de acordo com levantamento do Correio. Os valores, parte deles convertida na cota��o do d�lar de quarta-feira, n�o incluem corre��o monet�ria. Se tudo o que disseram � verdade, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), � o campe�o dos pixulecos, � frente do ex-presidente Jos� Sarney (AP), do deputado Eduardo Cunha (RJ) e do ex-ministro e senador Romero Juc� (RR).

Mas parte dos relatos n�o menciona cifras dos alegados subornos para os pol�ticos. Foram analisados depoimentos de dez pessoas dentre os mais de 60 acordos de colabora��o premiada de leni�ncia: os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerver�, o ex-senador Delc�dio do Amaral (ex-PT-MS), o empreiteiro da UTC Engenharia Ricardo Pessoa, os executivos da Andrade Gutierrez Ot�vio Azevedo e Fl�vio Machado, o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado, os lobistas Fernando “Baiano” Soares e J�lio Camargo, e o entregador de dinheiro Carlos “Cear�” Souza.

Segundo o relato de sete deles, Renan recebeu R$ 96,7 milh�es em propinas. Desse valor, R$ 33 milh�es foram diretamente para ele. Uma parcela de mais R$ 63,7 milh�es foi compartilhada com outros pol�ticos, mas os colaboradores n�o explicam qual a parte de cada um.

Eduardo Cunha teria recebido R$ 61,8 milh�es, pela narrativa de quatro acusadores. Sarney, R$ 30 milh�es, segundo o relato de S�rgio Machado. Sozinho, Romero Juc� seria destinat�rio de R$ 21,5 milh�es e ainda teria compartilhado parte de um repasse de R$ 30 milh�es, a ser dividido com outros colegas do partido e do PT.

Os corruptores indicados s�o a empreiteira UTC Engenheira, a Andrade Gutierrez, o lobista do estaleiro Samsung J�lio Camargo e o banqueiro Andr� Esteves, do BTG Pactual — este nega a acusa��o de pagar R$ 45 milh�es a Eduardo Cunha por uma emenda � Medida Provis�ria 608. A empreiteira Serveng � apontada como fonte propinas para Renan, mas Paulo Roberto Costa n�o informa eventuais valores.

Executivo da Andrade Gutierrez, Ot�vio Azevedo disse, sem citar nomes, que o PMDB recebeu 0,5% dos contratos do cons�rcio que lidera na usina de Belo Monte, no Par�. Delc�dio do Amaral disse que R$ 30 milh�es em subornos foram destinados a Renan, Juc�, Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e os ex-ministros das Minas Energia Edison Lob�o e Silas Rondeau, al�m da campanha do PT.

Em Angra 3, a negocia��o come�ou em 3% para os peemedebistas, de acordo com Fl�vio Machado, executivo da Andrade, a fim de beneficiar Juc� e Lob�o. Outro executivo, Fl�vio David Barra, contou que o ex-ministro do Planejamento recebeu propina em forma de doa��es eleitorais. Informa��o semelhante foi prestada por Ricardo Pessoa. Segundo ele, dos contratos da UCT em Angra, retirou R$ 1 milh�o para a campanha do filho de Renan, o governador de Alagoas, Renan Filho, e R$ 1,5 milh�o para a campanha de Juc�.

Juc� esquivou-se de comentar o pedido de pris�o e as acusa��es de propina. “N�o posso me manifestar sobre algo que n�o sei”, disse o senador. A assessoria de Renan negou que ele tenha recebido subornos e criticou as acusa��es, consideradas sem provas por ele. “O senador reafirma que jamais recebeu vantagens de qualquer pessoa e reitera que dela��es n�o confirmadas deveriam servir para agravar a pena dos autores e n�o livr�-los da cadeia”. Por meio de assessoria, Sarney se disse “perplexo, indignado e revoltado” com o pedido de sua pris�o. “Jamais agi para obstruir a Justi�a. Sempre a prestigiei e fortaleci”. O deputado Eduardo Cunha n�o prestou esclarecimentos. Na quarta-feira, ele disse que o pedido de pris�o contra ele lhe causava “estranheza”.


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