Bras�lia, 10 - A menos de uma semana do fim do prazo de 30 dias para que o grupo de trabalho com representantes do governo e de centrais sindicais defina uma proposta para a reforma da Previd�ncia Social, sindicalistas sa�ram de reuni�o com o presidente em exerc�cio, Michel Temer, indicando que o tempo precisar� ser estendido. A idade m�nima � o principal ponto de embate entre governo e representantes dos trabalhadores.
A diverg�ncia foi exposta ap�s encontro no Pal�cio do Jaburu, onde Temer ofereceu um almo�o para cerca de 80 sindicalistas aliados � sua gest�o. No card�pio do almo�o, que durou cerca de duas horas, foram servidos arroz, feij�o tropeiro, carne seca desfiada, pernil assado e salada. Nesta semana, o presidente em exerc�cio j� havia recebido um grupo de empres�rios.
No dia 16 de maio, Temer montou um grupo de trabalho com representantes de centrais sindicais e do governo para discutir e elaborar, em at� 30 dias, uma proposta de altera��o na Previd�ncia. O prazo vence na pr�xima quarta-feira.
De acordo com o presidente da For�a Sindical, deputado Paulinho da For�a (SD-SP), uma reuni�o com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, est� agendada para segunda-feira, 13. No encontro, ser� formalizada a proposta das centrais para a Previd�ncia. Ele disse esperar que o governo j� apresente uma contraproposta no mesmo dia, mas se mostrou descrente quanto ao cumprimento do prazo. "Uma quest�o t�o grave como essa n�o vai ser resolvida em 30 dias", disse.
Ponto fortemente defendido pelo governo, a defini��o de uma idade m�nima para a aposentadoria, n�o � aceita pelos sindicalistas. "O governo insiste em idade m�nima. As centrais n�o concordam e vamos discutir", afirmou. Paulinho ressaltou que Temer concordou que � preciso continuar debatendo o tema.
Segundo o dirigente sindical, as centrais apresentaram medidas para refor�ar o caixa da Previd�ncia. Uma delas seria um programa especial de refinanciamento de d�vidas de empresas com a Previd�ncia, o que, segundo ele, renderia R$ 374 bilh�es ao governo. Ele tamb�m prop�e a venda de pr�dios p�blicos abandonados e a utiliza��o na Previd�ncia de recursos dos chamados jogos de azar, que ainda precisam ser autorizados pelo Congresso.
Paulinho defendeu ainda que a previd�ncia rural passe a ter formato equivalente � urbana. "Estamos propondo que o agroneg�cio pague igual a todo mundo. Al�m de fiscaliza��o na �rea rural, que hoje � quase zero", disse.
Participaram do encontro representantes da For�a Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) n�o t�m participado das discuss�es por serem contr�rias ao governo Temer.