S�o Paulo, 13 - A for�a-tarefa da Lava Jato pediu apoio �s autoridades portuguesas para localizar o empres�rio Idal�cio Oliveira, acusado de pagar US$ 10 milh�es em propinas para ex-funcion�rios da Petrobras e para o presidente afastado da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em uma compra de um campo de explora��o de petr�leo pela Petrobras na �frica, em 2011.
No pedido, encaminhado no dia 9 para a Secretaria de Coopera��o Jur�dica Internacional da Procuradoria-Geral da Rep�blica, os procuradores da Lava Jato pedem que o executivo seja notificado pelas autoridades portuguesas da den�ncia e, no prazo de 10 dias, constitua um advogado para responder �s acusa��es perante o juiz S�rgio Moro, em Curitiba. Ele responde aos crimes de corrup��o ativa e lavagem de dinheiro.
Idal�cio � portugu�s e residiria em Lisboa. Ele foi denunciado junto com a mulher de Cunha e outros dois acusados de envolvimento no pol�mico epis�dio que rendeu propinas milion�rias aos ex-funcion�rios da Diretoria Internacional da Petrobras, cota do PMDB no esquema de corrup��o, e a Cunha e sua fam�lia.
O empres�rio � o dono da holding que controlava o campo de petr�leo em Benin que foi vendido para a Petrobras e foi da sua empresa que saiu o pagamento milion�rio para a empresa do lobista Jo�o Augusto Rezende Henriques, apontado como operador do PMDB no esquema de corrup��o na estatal.
Gra�as ao apoio de investigadores su��os, o caminho do dinheiro que abasteceu Cunha at� ser gasto em produtos de luxo e viagens no cart�o de cr�dito usado por sua mulher Cl�udia Cruz foi desvendado. Agora, a mulher do parlamentar responde na Justi�a Federal pelo crime de lavagem de US$ 1 milh�o, valor que ela consumiu no exterior.
Defesa
De acordo com o criminalista Pierpaolo Bottini, "Claudia Cruz responder� �s imputa��es como fez at� o momento, colaborando com a Justi�a e entregando os documentos necess�rios � apura��o dos fatos. Destaca que n�o tem qualquer rela��o com atos de corrup��o ou de lavagem de dinheiro, n�o conhece os demais denunciados e jamais participou ou presenciou negocia��es il�citas".
Em nota divulgada pelo Twitter, Eduardo Cunha afirmou: "Trata-se de procedimento desmembrado do inqu�rito 4146 do STF, em que foi apresentada a den�ncia, pelo Procurador Geral da Rep�blica, ainda n�o apreciada pelo Supremo.
Foi oferecida a den�ncia do Ju�zo de 1� Grau, em que o rito � diferenciado, com recebimento preliminar de den�ncia, abertura de prazo para defesa em dez dias e posterior decis�o sobre a manuten��o ou n�o do seu recebimento.
O desmembramento da den�ncia foi alvo de recursos e Reclama��o ainda n�o julgados pelo STF que, se providos, far�o retornar esse processo do STF.
Independente do aguardo do julgamento do STF, ser� oferecida a defesa ap�s a notifica��o, com certeza de que os argumentos da defesa ser�o acolhidos.
Minha esposa possu�a conta no exterior dentro das normas da legisla��o brasileira, declaradas �s autoridades competentes no momento obrigat�rio, e a origem dos recursos nela depositados em nada tem a ver com quaisquer recursos il�citos ou recebimento de vantagem indevida."