O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou na tarde desta segunda-feira, 13, ap�s reuni�o com sindicalistas, que o governo pretende levar a proposta da reforma da Previd�ncia ao Congresso at� o fim de julho, provavelmente antes da conclus�o do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.
A meta do governo em exerc�cio de Michel Temer est� sendo postergada, j� que o grupo de trabalho com os sindicalistas para discutir o tema foi anunciado no dia 16 de maio e tinha como objetivo obter um consenso entre governo e trabalhadores para apresentar as propostas em at� 30 dias.
Segundo Padilha, o governo fez uma an�lise das propostas, deu algumas respostas, mas ainda vai se dedicar na pr�xima semana "para ver efetivamente o que ser� de acordo entre governo e centrais". "Na pr�xima semana, come�amos a escrever a proposta", afirmou o ministro.
O assessor especial da Casa Civil, Marcelo Siqueira Freitas, disse que o governo est� "construindo um calend�rio com as centrais" e afirmou que a proposta do governo "n�o est� fechada". "Houve uma apresenta��o de v�rios temas das centrais e na reuni�o de hoje o governo apresentou uma an�lise, mas ainda n�o fez ju�zo de m�rito", disse.
Segundo ele, caso todas as propostas feitas pelas centrais fossem aprovadas, ainda assim o d�ficit da previd�ncia - calculado em R$ 136 bilh�es - n�o seria totalmente resolvido. "Se todas as propostas das centrais fossem incorporadas, ainda sobraria um d�ficit de 50 bilh�es", disse.
Ao ser questionado se elas s�o vi�veis, o assessor disse que elas "s�o razo�veis" e refor�ou que o governo trabalha com diversos cen�rios. "Na reuni�o da pr�xima semana, o governo vai lan�ar an�lise de m�rito", disse.
O deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da For�a, diz que refor�ou a necessidade de se corrigir erros do passado para ent�o discutir o futuro da Previd�ncia. "Temos 80 milh�es de pessoas envolvidas nessas discuss�es, n�o pode ser uma coisa de um dia para o outro", disse.
Paulinho defendeu uma esp�cie de Refis "com ampla fiscaliza��o", que nas contas dele geraria uma receita de R$ 23 bilh�es. "Fizemos tamb�m uma proposta de rever a filantropia e tamb�m demos sugest�es que vender im�veis da Previd�ncia", disse. O deputado disse "� preciso colocar o dedo na ferida". "O agroneg�cio, por exemplo, tamb�m tem que pagar a previd�ncia social, at� porque s�o respons�veis pelo maior rombo", disse. Indagado se h� alguma esp�cie de acordo sendo tra�ado para a quest�o a idade m�nima, Paulinho afirmou que "n�o tem como fazer ou aceitar proposta sem que o governo conserte o passado".