Bras�lia - O Banco Central (BC) comunicou nesta ter�a-feira, 14, ao Conselho de �tica da C�mara a multa de R$ 1 milh�o aplicada ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por omiss�o de recursos no exterior. O presidente do colegiado, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), dar� ci�ncia das novas informa��es aos conselheiros na sess�o desta tarde, marcada para votar o pedido de cassa��o do peemedebista.
Na avalia��o de Ara�jo, o documento comprova que Cunha tem ativos no exterior e omitiu a informa��o das autoridades brasileiras. "O documento est� corroborando com tudo o que o relator colocou em seu parecer", afirmou. Ainda assim, a informa��o n�o ser� inclu�da no parecer do relator Marcos Rog�rio (DEM-RO) porque a fase de instru��o processual j� se encerrou.
A notifica��o foi entregue nesta manh� pelo chefe da assessoria parlamentar do BC, David Falc�o. O mesmo documento foi encaminhado � 13ª Vara de Curitiba, ao Supremo Tribunal Federal e ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.
No documento, consta que Cunha omitiu os valores do per�odo de 31 de dezembro de 2007 a 31 de dezembro de 2014. O BC informou ainda que aplicou multa de R$ 132 mil � mulher de Cunha, Cl�udia Cruz, por n�o declarar os recursos no per�odo de 31 de dezembro de 2009 a 31 de dezembro de 2014. O deputado afastado e sua mulher ser�o notificados e ter�o um prazo para contestarem as multas.
Parlamentares que defendem a cassa��o de Cunha sondaram Rog�rio sobre a possibilidade de aditar o parecer com as novas den�ncias, incluindo a dela��o de F�bio Cleto (ex-vice-presidente da Caixa Econ�mica Federal) e o depoimento de Cl�udia Cruz. Pessoalmente, o presidente do conselho defende um prazo maior para que os parlamentares amadure�am as novas den�ncias, mas o relator prega que o processo v� a vota��o nesta ter�a-feira para n�o prolongar ainda mais o processo que se arrasta por mais de sete meses.
Rog�rio considera que h� provas suficientes para a perda do mandato, que a complementa��o do parecer n�o mudar� mais votos e que a sociedade clama por um desfecho r�pido do caso. "Parlamentar aqui n�o � cego, nem surdo, est� todo mundo ouvindo e vendo bem o que est� acontecendo", declarou.