O relator do Conselho de �tica, Marcos Rog�rio (DEM-GO), decidiu n�o incluir em seu parecer o documento do Banco Central (BC) que aplica multa de R$ 1 milh�o ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por omiss�o de recursos no exterior. Apesar de Rog�rio considerar que a decis�o do BC refor�a a defesa pela cassa��o de Cunha, o aditamento de uma nova acusa��o poderia invalidar o processo. "Evidentemente que a forma��o do convencimento dos deputados se d� pelo conjunto da obra, mas n�o me parece adequado incluir."
Depois de o presidente do conselho, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), ler a decis�o do Banco Central, Rog�rio afirmou que n�o poderia acolher o documento, pois foi apresentado depois da fase de instru��o. Na conclus�o do BC, disse Ara�jo, a institui��o considera que Cunha tem recursos fora do Brasil, assim como sua esposa. "Tanto isso � verdade que o BC estipulou multa de R$ 1 milh�o e os R$ 172 mil de infra��o para Cl�udia Cruz. A conclus�o do relat�rio vem exatamente ao encontro do relator Marcos Rog�rio", avaliou Ara�jo.
A defesa de Cunha j� adiantou � reportagem que vai recorrer da decis�o do BC. Pelo entendimento do advogado Marcelo Nobre, declarar o truste, como defende o BC, seria um crime. "A propriedade n�o � do deputado e portanto declarar como dele seria crime de falsidade", disse o advogado. Na avalia��o de Nobre, a decis�o do Banco Central ser� reformada "com certeza". Ele destacou ainda que o documento do BC s� corrobora a defesa no Conselho de �tica: "em nenhum momento se fala da exist�ncia de conta em nome do cliente no exterior".