Bras�lia, 15 - O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), disse que as acusa��es feitas pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado s�o "falsas e covardes". "Machado, no af� de apagar seus crimes e conquistar os benef�cios de uma dela��o premiada, n�o hesita em mentir e caluniar", declarou em nota. Em sua dela��o premiada na Opera��o Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro afirmou que participou da capta��o de recursos il�citos para bancar a elei��o de A�cio � presid�ncia da C�mara, eleito em 2000.
Machado revelou a exist�ncia de um grande esquema de corrup��o quando ele ainda era l�der do PSDB no Senado, em 1998. A elei��o de A�cio no comando dos trabalhos legislativos servia para estruturar a base de apoio ao ent�o presidente da Rep�blica Fernando Henrique Cardoso no Congresso. O pr�prio A�cio, de acordo com Machado, teria recebido na �poca R$ 1 milh�o em dinheiro vivo. Segundo o delator, ele, o ent�o senador Teot�nio Vilela e o ent�o deputado A�cio tra�aram um plano em 1998 para cobrar propina e "ajudar financeiramente" 50 deputados.
"Qualquer pessoa que acompanha a cena pol�tica brasileira sabe que, em 1998, sequer se cogitava a minha candidatura � presid�ncia da C�mara, o que s� ocorreu muito depois", declarou A�cio. Segundo o senador, a sua elei��o como presidente da C�mara ocorreu a partir de um "entendimento pol�tico no qual o PSDB apoiaria o candidato do PMDB � presid�ncia do Senado e o PMDB apoiaria o candidato do PSDB � presid�ncia da C�mara." A afirma��o feita n�o possui sequer sustenta��o nos fatos pol�ticos ocorridos � �poca", conclui o texto.
A�cio j� � investigado em dois inqu�ritos abertos a partir da dela��o premiada do ex-senador Delc�dio Amaral, que afirmou que o presidente do PSDB recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidi�ria da Eletrobras. Ainda sobre o tucano, Delc�dio relatou um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensal�o, no qual A�cio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas informa��es.