
A avalia��o no Congresso � de que ao deixar circular a informa��o sobre a possibilidade de uma dela��o casada com a ren�ncia, o peemedebista indica a parlamentares e ao Pal�cio do Planalto que n�o cair� sozinho. Sua estrat�gia visa diminuir a press�o do Poder Judici�rio contra ele e estancar a sucess�o de fatos negativos divulgados diariamente sobre o deputado e sua fam�lia.
Oficialmente, Cunha nega a inten��o, porque, segundo ele, "n�o praticou crime nenhum e n�o tem o que delatar".
Sucess�o
As chances de que o deputado afastado se salve s�o consideradas m�nimas. Tanto que ontem as articula��es para a sucess�o dele na presid�ncia da C�mara foram intensificadas. As conversas, at� ent�o discretas, entraram na fase de discuss�o de poss�veis nomes de candidatos para a elei��o do sucessor do peemedebista.
A atual e a antiga oposi��o na C�mara voltaram a se encontrar pela quarta vez para discutir o assunto. PT, PC do B, PDT e Rede e PSDB, DEM, PPS e PSB debateram a indica��o de um candidato �nico apoiado pelos dois grupos para se opor ao nome que ser� apresentado pelo Centr�o - formado por 13 partidos e liderado por PP, PSD, PR e PTB. "As discuss�es est�o avan�ando. A ideia � criar algum grau de unidade entre a antiga e a atual oposi��o", disse Jos� Guimar�es (PT-CE).
Alguns nomes j� foram colocados, como os dos deputados Jos� Carlos Aleluia (DEM-BA), Rodrigo Maia (DEM-RJ), J�lio Delgado (PSB-MG), Ant�nio Imbassahy (PSDB-BA) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).
No Centr�o, ganharam for�a os nomes dos deputados Esperidi�o Amin (PP-SC), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Jovair Arantes (PTB-GO) e Rog�rio Rosso (PSD-DF). Estes dois �ltimos, contudo, dizem que n�o t�m interesse em disputar um mandato tamp�o na C�mara.
A disputa entre Centr�o e a antiga oposi��o deve causar mais uma vez um racha na base aliada do presidente em exerc�cio Michel Temer. Os dois grupos v�o cobrar apoio de Temer no pleito. Essa disputa entre os grupos vem desde a escolha do l�der do governo na Casa, quando Temer preteriu um nome do DEM e escolheu Andr� Moura (PSC-SE).
Na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), pr�ximo foro de embates entre aliados e advers�rios de Cunha, seus membros dizem que o colegiado � t�cnico e s� atender� eventual recurso de Cunha se for identificado "v�cio formal muito forte" no processo conduzido pelo conselho. Eles lembram que desde a cria��o do Conselho de �tica, em 2001, a CCJ nunca deu provimento integral a recurso de representado.
Baixa
Antigo aliado de Cunha, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) deixou a relatoria dos recursos que o peemedebista havia impetrado na CCJ para evitar ser atrelado ao presidente afastado da C�mara. O presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), est� com dificuldades para encontrar o substituto.