Ex-deputado Vaccarezza nega doa��o ilegal e diz que vai processar S�rgio Machado

Bras�lia, 16 - O ex-deputado federal C�ndido Vaccarezza (PT-SP) negou nesta quinta-feira, 16, que o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado (PMDB) tenha intermediado doa��es ilegais para sua campanha eleitoral de 2010, como afirmou o peemedebista em dela��o premiada. O petista disse que vai processar Machado por danos morais e por denuncia��o caluniosa.

Em dela��o no �mbito da Opera��o Lava Jato tornada p�blica na quarta-feira, 15, o ex-presidente da Transpetro afirmou que Vaccarezza o teria procurado para pedir ajuda financeira para sua campanha a deputado em 2010. Machado disse que teria repassado cerca de R$ 500 mil, arrecadados de forma ilegal, ao ex-deputado por meio de uma doa��o oficial ao diret�rio do PT de S�o Paulo.

Vaccarezza afirmou que n�o recebeu nenhum repasse do diret�rio estadual do PT e que isso pode ser comprovado em sua presta��o de contas aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na presta��o divulgada no site da corte eleitoral, n�o h�, de fato, repasses do diret�rio estadual petista. Aparece apenas que o ex-deputado federal recebeu repasses do diret�rio nacional do PT.

O ex-parlamentar lembrou que, diferente do PT, sempre defendeu financiamento empresarial de campanha. Ele sustenta que nunca precisou de intermedi�rios para conseguir doa��es, pois sempre teve rela��o com empres�rios. Apesar de ter recebido doa��o de empreiteiras investigadas pela Lava Jato, como a UTC e a Camargo Corr�a, ele diz que todas suas doa��es foram legais. "Nunca fiz caixa dois", afirma.

Vaccarezza declarou ainda que nunca conversou com S�rgio Machado sobre pedido de doa��es. "N�o tinha intimidade para falar sobre isso", afirmou o petista, que foi l�der do governo Luiz In�cio Lula da Silva na C�mara. O petista classificou as acusa��es do ex-presidente da Transpetro contra ele como "mentirosas" e "criminosas" e disse que n�o tem nada a dever � Justi�a ou � pol�cia.

O ex-deputado classificou como "muito esquisita" a dela��o de Machado. "Ele fala em propina de R$ 2 bilh�es, mas s� vai devolver R$ 75 milh�es", afirmou Vaccarezza em entrevista coletiva no Sal�o Verde da C�mara. Antes da entrevista, ele encontrou com o presidente interino da Casa, Waldir Maranh�o (PP-MA). "Fui apenas pedir autoriza��o para dar a entrevista", disse.