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Estado de Minas

Em carta de demiss�o, Alves diz n�o querer causar constrangimento ao governo


postado em 16/06/2016 18:37 / atualizado em 16/06/2016 18:55

O agora ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou, em carta de demiss�o endere�ada ao presidente em exerc�cio, Michel Temer, que pensou muito antes de tomar a "dif�cil decis�o" de deixar o cargo, mas avaliou que "o momento nacional exige atitudes pessoais em prol de um bem maior". "N�o quero criar constrangimentos ou qualquer dificuldade para o governo, nas suas pr�prias palavras, de salva��o nacional", afirmou, ressaltando que o PMDB foi "chamado para tirar o Brasil da crise".

O peemedebista disse ainda estar seguro de que "todas as ila��es" envolvendo o seu nome ser�o esclarecidas. "Confio nas nossas institui��es e no nosso Estado Democr�tico de Direito. Por isso, vou me dedicar a enfrentar as den�ncias com serenidade e transpar�ncia nas inst�ncias devidas", disse.

Alves, que ocupou a pasta do Turismo na gest�o da presidente afastada Dilma Rousseff de 16 de abril de 2015 a 28 de mar�o de 2016, destacou que o turismo re�ne as melhores condi��es para ajudar o Brasil a enfrentar o momento dif�cil que vive. "Esta foi a motiva��o que me levou a voltar ao comando do Minist�rio depois de t�-lo deixado por uma quest�o pol�tica, de coer�ncia partid�ria", afirmou, ressaltando a import�ncia da pasta para os Jogos Ol�mpicos.

A Temer, Alves agradeceu a "lealdade, amizade e compromisso de uma longa vida pol�tica e partid�ria" e disse que estar� sempre ao lado do presidente em exerc�cio. "Sabendo que sempre estaremos juntos nessa trincheira democr�tica em busca de uma na��o melhor. A sua, a minha, a nossa luta continuam. Pelo meu Rio Grande Norte e pelo nosso Brasil", escreveu.

Sa�da


Alves � o terceiro ministro da gest�o Temer a deixar o cargo. Antes dele, os ministros Romero Juc�, que ocupava o Planejamento, deixou o cargo dia 23 de maio, e Fabiano Silveira, na pasta da Fiscaliza��o, Transpar�ncia e Controle, pediu demiss�o 30 de maio. As duas quedas tamb�m estavam relacionadas � Opera��o Lava Jato.

A gota d'�gua para a sa�da de Alves foi a nova revela��o sobre a dela��o do ex-presidente da Transpetro, S�rgio Machado, ao Minist�rio P�blico Federal, no �mbito da Lava Jato.

O ex-presidente da Transpetro diz ter pago a Henrique Alves R$ 1,55 milh�o. Alves j� estava na mira do governo por conta do ac�mulo de not�cias negativas contra o peemedebista e interlocutores do presidente em exerc�cio j� pressionavam pela sua sa�da, alegando que a perman�ncia dele no cargo, contrariava a fala de Temer de que, surgindo den�ncias, a autoridade atingida deveria pedir demiss�o do cargo.

As den�ncias de S�rgio Machado, no entanto, atingem grande parte da c�pula do PMDB e at� o presidente Temer que, mais cedo, convocou a imprensa para rebater as den�ncias e acus�-las de criminosas, mentirosas e irrespons�veis. Temer, que est� "muito irritado" com as acusa��es, chegou a dizer que "algu�m que teria cometido aquele delito irrespons�vel que o cidad�o Machado apontou n�o teria at� condi��es de presidir o pa�s".

A sa�da de Henrique Alves serve como uma esp�cie de v�lvula de escape para Temer, que estava sendo alvo de cr�ticas por manter o ministro do Turismo no cargo. Com isso, seria uma esp�cie de "v�o-se os an�is e ficam os dedos".


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