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Estado de Minas

Lava Jato n�o vai transformar o Brasil sozinha, diz coordenador da for�a-tarefa

Durante a palestra sobre a opera��o Lava Jato, o coordenador da for�a-tarefa da opera��o e procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, diz somente a investiga��o n�o conseguir� alterar as estruturas que criam brechas para a corrup��o


postado em 18/06/2016 14:55 / atualizado em 18/06/2016 16:45

Oxford, 18 - O avan�o da opera��o Lava Jato n�o ser� suficiente para transformar o Brasil. A opini�o � do coordenador da for�a-tarefa da opera��o, o procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol. "A corrup��o n�o � do partido A ou do B, um problema do governo A ou B", disse em palestra no Brazil Forum UK realizado na Universidade de Oxford neste s�bado, 18.

Durante a palestra sobre a opera��o Lava Jato, o procurador perguntou � plateia quem acreditava que a investiga��o mudaria o Pa�s. No audit�rio de mais de 100 pessoas, praticamente todos levantaram a m�o. Dallagnol disse que discordava do grupo especialmente porque a investiga��o sozinha n�o conseguir� alterar as estruturas que criam brechas para a corrup��o. "Precisamos atuar sobre as condi��es que favorecem a o corrup��o", disse.

O procurador comentou, ainda, que boa parte do sucesso da opera��o Lava Jato pode ser atribu�do � percep��o dos envolvidos de que haver� puni��o. "Sem puni��o, n�o haveria colabora��o. Se a alternativa � impunidade, n�o vai fazer a colabora��o. As pessoas passaram a acreditar que poderiam, como no mensal�o no caso do Marcos Val�rio, ser punidas", disse o procurador. "Elas precisavam de alternativa e a solu��o negociada era melhor que a disputa processual. � o efeito Marcos Val�rio", diz.

Ao defender o instrumento da dela��o, Deltan Dallagnol recha�ou a ideia de que para combater a corrup��o basta seguir o dinheiro. "A ideia de seguir o dinheiro � uma fal�cia porque voc� quebra o rastro do dinheiro", disse.

M�os Limpas

O procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol n�o demonstra surpresa com as iniciativas para tentar atrapalhar os trabalhos de investiga��o da opera��o Lava Jato. "Onde quer que exista atua��o forte do sistema de Justi�a contra o sistema falho e que beneficia pessoas, haver� rea��o", disse.

Ao ser questionado sobre a a��o de "poderosos" contra a atua��o dos procuradores que investigam a corrup��o em Curitiba, Dallagnol disse que essa n�o � uma rea��o incomum. "Na It�lia, foi assim", disse, ao comentar o desdobramento da opera��o M�os Limpas. "A grande quest�o � saber da sociedade brasileira onde queremos ir. Vamos permitir que esse sistema seja mantido ou n�s queremos combate � corrup��o? Essa � a grande quest�o", afirmou.

Dallagnol reconhece que, al�m do engajamento popular, � preciso que autoridades tamb�m reajam. Ele citou como exemplo a necessidade de agilidade nos processos judiciais. "O risco de prescri��o gera impunidade", disse. O procurador tamb�m sugere que sejam fechadas brechas e regras sejam alteradas para que puni��es aconte�am e sejam adequadas. Al�m disso, tamb�m recomenda instrumentos eficientes para recuperar o dinheiro desviado pela corrup��o. "S�o tr�s medidas preventivas para que a corrup��o n�o aconte�a".


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