
Bras�lia – O presidente afastado da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta ter�a-feira, em entrevista coletiva, que sua posi��o de n�o renunciar ao comando da Casa "n�o mudou nem uma v�rgula".
O peemedebista negou inten��o de renunciar ou de fazer uma dela��o premiada neste momento. "N�o renunciei e n�o tenho o que delatar", afirmou. Ele disse que n�o pretende colaborar com a Justi�a, pois n�o cometeu qualquer crime. Cunha n�o respondeu, contudo, se descarta totalmente a tese de ren�ncia ou dela��o no futuro.
Afastado da Presid�ncia da Casa desde 5 de maio, o peemedebista afirmou que a situa��o da C�mara, que est� sendo presidida interinamente pelo deputado Waldir Maranh�o (PP-MA), causa "desconforto a todos". "Inclusive a mim", afirmou o parlamentar.
Cunha disse tamb�m que vai recorrer � Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da decis�o de Maranh�o de retirar consulta do colegiado que, se aprovada, abriria a possibilidade de mudar no plen�rio da Casa a cassa��o aprovada pelo Conselho de �tica, por uma pena mais branda.
O presidente afastado da C�mara tamb�m negou que tenha sido favorecido por Maranh�o em outras decis�es consideradas positivas para ele. De acordo com o peemedebista, as pe�as foram preparadas pelo corpo t�cnico da Casa.
Wagner
Eduardo Cunha alegou que n�o denunciou suposta oferta feita pelo ex-ministro Jaques Wagner de votos do PT favor�veis a ele no Conselho de �tica, porque decidiu ignorar a proposta na �poca. A suposta oferta apresentada por Wagner teria como contrapartida o peemedebista n�o deflagrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Mais cedo, em entrevista coletiva, Cunha afirmou que o ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma ofereceu, em pelo menos tr�s encontros, votos de petistas no conselho em troca de ele n�o autorizar a abertura do impeachment. Segundo Cunha, os tr�s encontros ocorreram em sua resid�ncia oficial, na base a�rea de Bras�lia e no Pal�cio do Jaburu.
Cunha disse que tem como provar as ofertas feitas por Wagner por meio de deputados aliados. O presidente afastado da C�mara disse que o ex-ministro de Dilma pode process�-lo pela acusa��o, se quiser. "Saberei comprovar em ju�zo", avisou o peemedebista.