Em uma plateia esvaziada, com poucos deputados em plen�rio, o procurador da Rep�blica que coordena as investiga��es da Opera��o Lava-Jato, Deltan Dallagnol, ouviu discursos elogiosos aos trabalhos que apuram o maior esquema de corrup��o no Pa�s e promessas de que a C�mara dos Deputados vai acelerar o projeto de lei das 10 medidas de combate � corrup��o.
Unidos na bandeira de combate � corrup��o, os deputados elogiaram a atua��o da "Rep�blica de Curitiba". "� ineg�vel que o Pa�s sai fortalecido com o impeachment e os avan�os das investiga��es da Lava-Jato", declarou na tribuna o l�der do PSDB, Antonio Imbassahy (BA).
O tucano disse que o Estado brasileiro foi "assaltado", defendeu o estatuto da dela��o premiada e disse que se tornou oportuna a aprova��o das medidas propostas pelo Minist�rio P�blico. "A Lava Jato tem um dono: ela pertence � sociedade brasileira", comentou o deputado Roberto de Lucena (PV-SP).
Pela bancada do PT, falou o deputado Henrique Fontana (RS). O petista criticou o discurso que imp�e a pecha de corrupto � sua legenda e disse que a corrup��o est� "em quase todos os partidos". "Queremos que todos sejam julgados, mas que ningu�m seja condenado a partir de vazamentos ilegais e manchetes de jornais", afirmou.
Ao associar o impeachment da presidente Dilma Rousseff a um golpe de Estado, Fontana foi interrompido por uma participante na plateia, que questionou se o tema da reuni�o era o pacote anticorrup��o ou o impeachment. O petista seguiu seu discurso dizendo que n�o seria censurado.
O vice-l�der do PSOL, Chico Alencar (RJ), disse que a luta contra a corrup��o tem de ser uma bandeira suprapartid�ria porque esta atinge a todos. Alencar atacou a "cara de paisagem" que os caciques partid�rios fazem quando os seus aliados s�o alvo de den�ncias. "� preciso rasgar o v�u da hipocrisia", clamou o deputado, pedindo celeridade e vontade pol�tica para a vota��o da mat�ria.
Aliado do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-l�der do PMDB, Carlos Marun (MS), afirmou que a pris�o preventiva n�o pode ser corriqueira e criticou a "criminaliza��o da pol�tica". "A grande maioria dos homens e mulheres (no Congresso) s�o dignos, tanto que fomos eleitos", discursou.
Dallagnol acompanhou os discursos sentado na mesa da presid�ncia como convidado especial. Ao sair rapidamente para ir ao banheiro, foi assediado pelos participantes no cafezinho do plen�rio, que aproveitaram para tirar fotos com o procurador, que atendeu a todos os pedidos.
O pacote com 10 medidas de combate � corrup��o est� em uma comiss�o especial da C�mara, que aguarda sua instala��o porque alguns partidos - entre eles PT, PSDB e PMDB - ainda n�o indicaram seus representantes.
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Deputados prometem a procurador da Lava-Jato acelerar pacote anticorrup��o
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