Bras�lia, 22 - Os senadores da base do governo e da oposi��o fizeram um acordo de procedimento para acelerar os depoimentos das testemunhas na Comiss�o Especial do Impeachment nessa quarta-feira, 22.
Ap�s o depoimento da primeira testemunha, os parlamentares n�o fizeram questionamentos para o segundo convidado, Luiz Antonio de Souza Cordeiro, secret�rio de Organiza��o Institucional do Minist�rio da Defesa. Apenas a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) questionou a testemunha e o interrogat�rio teve tempo recorde, de 25 minutos.
Acordo semelhante de procedimento para acelerar a sess�o foi feito pelos senadores na reuni�o dessa ter�a-feira, 21, no per�odo da noite.
Mesmo com interrogat�rio breve, Souza Cordeiro teve tempo suficiente para defender a edi��o de decreto de cr�ditos suplementares. De acordo com a testemunha, n�o houve aumento de gastos e sim remanejamento. O secret�rio da Defesa justificou que os decretos s�o necess�rios para n�o paralisar a pasta.
"Impedir a edi��o dos decretos atrapalharia muito a execu��o. Temos uma demanda muito grande e temos limites. Precisamos ter mais flexibilidade naquele projeto que est� mais acelerado, por exemplo. O pedido de cr�dito suplementar e remanejamento dos recursos � muito importante", defendeu.
Em seguida, os senadores optaram por fazer uma pausa para o almo�o. A reuni�o da comiss�o est� suspensa e o colegiado volta ao trabalho �s 15h.
O depoimento da primeira testemunha, o coordenador-geral de Tecnologia e Informa��o da Secretaria de Or�amento Federal (SOF), Robson Azevedo Rung, durou aproximadamente duas horas. O interrogat�rio, entretanto, acabou se transformando em tribuna pol�tica.
O senador �lvaro Dias (PV-PR), assim como Jana�na Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment, acusaram a presidente afastada Dilma Rousseff de "estelionato eleitoral" e "maquiagem de contas" em 2014. Lindbergh Farias (PT-RJ) saiu em defesa de Dilma e argumentou que o processo se limitava a 2015.