(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Delator apontou propina para ex-ministro Gabas, amigo de Dilma

Carlos Eduardo Gabas foi conduzido coercitivamente para depor nesta quinta-feira alvo da Opera��o Custo Brasil, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo


postado em 23/06/2016 09:43 / atualizado em 23/06/2016 10:21

Ex-ministro Carlos Eduardo Gabas(foto: Lula Marques/ Agência PT)
Ex-ministro Carlos Eduardo Gabas (foto: Lula Marques/ Ag�ncia PT)
S�o Paulo - O ex-vereador petista Alexandre Romano afirmou em dela��o premiada � procuradores da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato que o ex-ministro da Avia��o Civil e da Previd�ncia Social Carlos Eduardo Gabas, nos governos da presidente afastada Dilma Rousseff, recebeu propina acertada com o PT cobrada da empresa Consist Software, por contrato vinculado ao Minist�rio do Planejamento.

O neg�cio teria como principal beneficiados o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunica��o) e sua mulher a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Gabas foi conduzido coercitivamente para depor nesta quinta-feira alvo da Opera��o Custo Brasil, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo.

Conhecido como Chambinho, Romano foi preso na 18ª fase da Lava-Jato, em agosto de 2015, alvo da Opera��o Pixuleco 2 - que apontou pagamento de R$ 51 milh�es em propinas nesse contrato, a partir de 2010.

A Consist foi escolhida para prestar servi�os de inform�tica no �mbito do acordo t�cnico entre o Minist�rio do Planejamento e a Associa��o Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previd�ncia Privada (SINAPP) para gest�o de margem consign�vel em folha de pagamento dos servidores p�blicos federais.

Ap�s a confirma��o do contrato, o ex-vereador diz que foi acertado que ele ficaria com um lucro de 32%, que seria dividido. Segundo a dela��o de Chambinho, a partilha da propina foi discutida em reuni�o na sede do PT, em S�o Paulo, com o ex-tesoureiro do partido Jo�o Vaccari Neto - preso pela Lava Jato, em Curitiba - e com o ex-tesoureiro petista Paulo Ferreira, casado com a ex-ministra de Dilma Tereza Campello.

O delator aponta Paulo Ferreira com respons�vel por sua participa��o no neg�cio, em reuni�o na sede do PT, em Bras�lia, no final de 2009.

"Para a conversa, Paulo Ferreira chamou Duvanier Paiva Ferreira (Secret�rio de Recursos Humanos do Minist�rio do Planejamento) e Carlos Gabas", informou Chambinho. "Foi falado que parte dos lucros da empresa ficaria com o Partido dos Trabalhadores e outra parte com as pessoas envolvidas na opera��o."

Chambinho relata que Vaccari n�o concordou com repasse de parte da propina para Gabas e Duvanier. Paulo Bernardo ficaria com 1/3 dos 32% porque era na �poca Ministro do Planejamento, chefe de Duvanier Paiva Ferreira. Na sequencia, Jo�o Vaccari disse que os outros 2/3 seriam divididos entre o Partido dos Trabalhadores (90%) e Alexandre Romano (10%)."

Romano diz n�o ter concordado com a partilha e recorreu a Paulo Ferreira. Este, teria proposto o acerto final: "20% para Alexandre Romano e 80% para o Partido dos Trabalhadores".

Nova partilha


Chambinho diz que a entrada de Gabas na partilha da propina ocorreu "em um segundo momento", no final de 2012 - ano das elei��es municipais.

Jo�o Vaccari chamou Romano e pediu para ele conversar com Dercio Guedes de Souza, representante da JD2. Na vers�o do delator, o ex-tesoureiro do PT teria dito que conversou com "o Ministro de Planejamento Paulo Bernardo e que ele teria autorizado tal empresa a entrar no esquema e ter uma participa��o nos lucros da Consist". Romano diz ter ouvido do dono da JD2 que Gabas era "um dos beneficiados".

A entrada de Gabas, segundo revelou o ex-vereador do PT, foi porque na renova��o do acordo de coopera��o que tinha a Consist como benefici�ria no Minist�rio do Planejamento, o secret�rio executivo adjunto da pasta Valter Correia "colaborou". A partir da�, a JD2 "iria receber 50% do valor de 1/3 que era dedicado ao Ministro do Planejamento Paulo Bernardo".

O delator diz ter ouvido do s�cio da JD2 que o valor era dividido entre Gabas, Valter Correia e uma terceira pessoa. A propina foi paga nessa propor��o at� janeiro de 2015, quando aumentou a participa��o da JD2. "Ficando esta estabelecida no valor de R$ 300 mil."

Os repasses, segundo Chambinho, "duraram at� o ano de 2015, com propor��es sendo alteradas ao longo dos meses". "Quem coordenava a divis�o de lucros era a pessoa de Jo�o Vaccari", disse.

Gabas foi ministro da Previd�ncia entre 2010 e 2015. Ele � pr�ximo da presidente afastada Dilma Rousseff. Em abril deste ano, ele foi nomeado ministro da Secretaria da Avia��o Civil. Em 2013, a presidente saiu para um passeio na garupa de sua moto, que ficou famoso.

Ele integra a lista de alvos da Lava Jato que tinham direito a foro especial, por prerrogativa de fun��o, e passaram a ser investigados em primeira inst�ncia.

Gleisi

O elo de Gleisi com o caso, al�m do marido, s�o o advogado Guilherme Gon�alves - alvo de buscas na Opera��o Pixuleco 2 - e um motorista. "1/3 ficaria para Paulo Bernardo, o que iria receber o dinheiro por interm�dio de Guilherme Gon�alves." O advogado trabalhou nas campanhas da senadora Gleisi Hoffmann. Ele tamb�m teve pris�o decretada na Custo Brasil, mas ainda n�o foi localizado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)