S�o Paulo, 23 - Um v�deo entregue ao Minist�rio P�blico Federal, parte da den�ncia contra o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), mostra, em 2009, o ent�o presidente do PSDB S�rgio Guerra em uma reuni�o com o diretor de Abastecimento da Petrobras naquele ano, Paulo Roberto Costa, o pr�prio Dudu da Fonte, o lobista Fernando Falc�o Soares, o Fernando Baiano, um executivo da Queiroz Galv�o, Ildefonso Colares Filho, e um empreiteiro da Galv�o Engenharia, Erton Medeiros.
No encontro, segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica, os seis discutiram "a necessidade de concluir as investiga��es da CPI da Petrobras de 2009 preferencialmente com um relat�rio 'gen�rico' sem a responsabiliza��o das pessoas".
S�rgio Guerra morreu em 2010. O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 22, Eduardo da Fonte, por corrup��o passiva, por intermediar a solicita��o de R$ 10 milh�es a Paulo Roberto Costa para que o ent�o senador S�rgio Guerra agisse para barrar a CPI. Segundo a den�ncia, a propina saiu de empresas participantes de esquema instalado na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Na den�ncia, Janot afirma que Guerra era membro da CPI no Senado e atuou para que os demais parlamentares do PSDB, partido presidido por ele na �poca e ent�o de oposi��o ao Governo, n�o aprofundassem as investiga��es. De acordo com o procurador, Eduardo da Fonte "tinha conhecimento do esquema criminoso instalado na Petrobras e interesse na sua manuten��o, por isso participou de toda a negocia��o para a solicita��o e o acerto da propina".
O deputado era do PP, partido respons�vel pela indica��o e manuten��o de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor e benefici�rio de contratos firmados por essa Diretoria.
"Como de praxe em situa��es dessa natureza, a conversa se deu, em muitas passagens, em termos velados, isto �, n�o se dizia diretamente palavras como 'propina' nem 'vantagem indevida'. Todavia, a simples realiza��o da reuni�o (...) n�o deixa d�vidas da ilicitude do que ali se tratava", aponta a den�ncia.
Na conversa com seus interlocutores, Guerra disse que n�o concordava com a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito. "Eu tenho horror a CPI (...). Fazer papel de Pol�cia, parlamentar fazendo papel de Pol�cia", afirmou.