S�o Paulo – O advogado Jos� Roberto Batochio, respons�vel pela defesa do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, disse que seu cliente n�o vai se apresentar � Pol�cia Federal, mas � Justi�a, numa audi�ncia de cust�dia. Alvo de um mandado de pris�o preventiva na Opera��o Custo Brasil, o petista � procurado pela PF desde a manh� desta quinta-feira.
Batochio afirmou ser "um direito natural da pessoa" n�o se entregar � PF. "A lei n�o pode coibir o anseio de liberdade", justificou. Ele n�o informou quando Ferreira se apresentar�.
Nesta quinta-feira, enquanto os agentes da PF percorriam endere�os de Bras�lia na tentativa de encontrar Ferreira, ele dava entrevistas � imprensa por telefone. Dizendo-se tranquilo, almo�ou em casa.
A Custo Brasil foi deflagrada �s 6h. Os agentes da PF foram a um im�vel que seria de Ferreira na capital federal, mas foram informados de que ele n�o mora mais no local. Em seguida, bateram, sem sucesso, na sede do PT. O advogado do partido avisou que o ex-tesoureiro n�o aparecera ali. Eram 11h30.
Ao longo da manh�, Ferreira atendeu aos telefonemas de jornalistas e informou que estava em casa, em Bras�lia, "completamente � disposi��o" da PF. Primeiro, conversou com rep�rter da R�dio Ga�cha. "Estou tranquilo em rela��o a isso e acho natural que em algum momento surja meu nome, como surgiram na Opera��o Lava-Jato alguns empres�rios dizendo que tinham liga��o comigo. Isso faz parte da pol�tica", disse o ex-tesoureiro � r�dio.
Em seguida, Ferreira falou ao jornal O Globo: "Estou aqui aguardando. Ningu�m me procurou ainda. Parece que tem um mandado e, como n�o me localizaram, disseram at� que estou foragido". Por volta das 13h, a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ligou para o ex-tesoureiro. Uma mulher atendeu e explicou que ele s� n�o falaria porque estava almo�ando.
Conforme o inqu�rito da opera��o, como tesoureiro do PT, Ferreira iniciou as tratativas para viabilizar o pagamento de propinas no Minist�rio do Planejamento com os ex-ministros Luiz Gushiken (morto em 2013), da Secretaria de Comunica��o Social, e Carlos Gabas (Previd�ncia e Avia��o Civil). Ele teria recebido parte dos recursos da empresa Consist, envolvida no esquema de corrup��o que beneficiava o partido. Depois de deixar o cargo, a tarefa de tratar dos pagamentos teria passado para o sucessor, Jo�o Vaccari Neto.
� tarde, o ex-tesoureiro – que � marido da ex-ministra Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) – desligou o celular. �s 19h desta quinta-feira, al�m dele, a PF considerava foragido o advogado Guilherme Gon�alves, acusado de receber suborno para o ex-ministro Paulo Bernardo. Os demais nove mandados de pris�o preventiva foram cumpridos.