
Os t�cnicos iniciaram nesta semana as escava��es para fazer o reconhecimento terreno - hoje um estacionamento - que vai abrigar o pr�dio de tr�s pavimentos acima do solo, um pavimento inferior e seis subsolos (entre eles cinco andares de garagens). O anexo 4B ter� 122 gabinetes, um audit�rio com capacidade para 665 pessoas, caf�, salas de reuni�o, restaurante, lanchonete e terra�o-jardim. A ideia de abrir espa�o para lojas foi suspensa temporariamente, a menos que haja futuramente interesse da iniciativa privada. N�o est� descartada uma concess�o para administra��o da garagem.
Os recursos da obra vieram da venda da folha de pagamento dos servidores em 2007, per�odo da gest�o do petista Arlindo Chinaglia (SP), quando foram arrecadados R$ 200 milh�es. O dinheiro foi transferido para o Tesouro e estima-se que hoje a Casa disponha de R$ 400 milh�es. A C�mara pretende vender novamente a folha para angariar mais recursos.
Crise
Cotado para disputar a presid�ncia da Casa se Cunha for cassado, o atual primeiro-secret�rio, deputado Beto Mansur (PRB-SP), disse que h� pelo menos 30 anos se discute a amplia��o da C�mara e que n�o v� problemas em se iniciar as obras no momento em que o Pa�s enfrenta uma grave crise econ�mica. "N�o vamos ficar buscando dinheiro que n�o seja da C�mara, n�o vamos pegar dinheiro de �reas sociais", declarou.
Os t�cnicos da C�mara reconhecem que o "Parlashopping" foi inviabilizado porque s� duas empresas apresentaram interesse em assumir a obra. A Mesa Diretora entendeu que a PPP n�o era oportuna devido �s cr�ticas e a pol�mica do ponto de vista arquitet�nico. "A parceria acabou n�o se viabilizando neste projeto", lamentou Mansur.
O principal argumento para a constru��o de um novo espa�o � que a estrutura da C�mara j� n�o comporta mais o fluxo de 22 mil pessoas, chegando em dias de pico ter 30 mil pessoas circulando pela Casa.
Na d�cada de 80 foi constru�do o anexo 4, para abrigar 432 deputados e hoje a C�mara tem 513 parlamentares. De l� para c� tamb�m aumentou o n�mero de partidos e comiss�es permanentes.
Mansur alega que n�o h� mais como protelar o in�cio da constru��o. Em 50 dias os trabalhos de sondagem do terreno devem ser encerrados e na sequ�ncia ser� realizada uma audi�ncia p�blica e a publica��o do edital de licita��o para as obras, que devem come�ar ainda neste ano.