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Estado de Minas

Delc�dio diz que Argello pressionou empres�rios por propinas em forma de doa��es


postado em 24/06/2016 20:55

S�o Paulo, 24 - Em depoimento nesta sexta-feira, 24, ao juiz federal S�rgio Moro, o ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT/MS), delator, declarou que o ex-senador Gim Argello (PTB/DF) pressionou empreiteiros envolvidos na Opera��o Lava Jato por "doa��es" eleitorais para n�o convoc�-los a prestarem esclarecimentos na CPI Mista da Petrobras, em 2014.

Delc�dio citou, ainda, o deputado Marco Maia (PT/RS) e o ent�o senador Vital do R�go, hoje ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), como supostamente tamb�m terem pedido "apoio, suporte" para as elei��es em troca da n�o convoca��o dos empres�rios.

Delc�dio dep�s como testemunha na a��o penal contra Gim Argello e mais sete investigados, todos presos na Opera��o Vit�ria de Pirro, desdobramento da Lava Jato.

Na audi�ncia, o procurador da Rep�blica questionou Delc�dio sobre "como era esse movimento", referindo-se a empreiteiros assediados por Gim Argello. "A gente sentiu que estavam muito indignados com isso, porque aparentemente foi uma CPI na �poca de elei��o. Ali�s, determinadas CPIs normalmente aparecem na �poca de elei��o. Esclare�o que isso n�o � um fato isolado. Existem antecedentes em que houve algum tipo de negocia��o em CPIs. O que se negociava eram doa��es, trocando doa��es para o processo pol�tico, para as elei��es, em se convocando ou n�o para depor nas CPIs determinada pessoa, no caso empres�rios."

Os empres�rios L�o Pinheiro, da OAS, e Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, teriam contribu�do com um total de R$ 5,35 milh�es. A maior parte desse valor (R$ 5 milh�es) foi repassada � Coliga��o Uni�o e For�a, que reunia quatro partidos apoiados por Gim Argello. Outros R$ 350 mil foram parar na conta de uma igreja em Taguatinga, frequentada pelo ent�o senador.

Delc�dio disse que o lobista J�lio Camargo, outro delator da Lava Jato e seu amigo, lhe contou da press�o que Gim Argello exercia sobre empres�rios.

O procurador perguntou a Delc�dio. "Em algum momento J�lio Camargo disse ao sr. que Gim Argello fez pedido?"

"Disseram para mim que havia pedido, n�o s� do Gim Argello, mas de outras pessoas, aparentemente Marco Maia e o pr�prio Vital do Rego que pediam apoio, suporte para as elei��es em troca de eles n�o serem convocados."

O deputado Marco Maia era o relator da CPMI. Vital integrava a comiss�o.

Delc�dio declarou ao juiz Moro que soube por J�lio Camargo e pelo pr�prio empres�rio Ricardo Pessoa que "estaria havendo um movimento de se poupar algumas convoca��es mesmo com os requerimentos pautados".

O representante do Minist�rio P�blico Federal questionou Delc�dio se os empres�rios tinham preocupa��o de serem expostos na CPI. "Todo empres�rio tem preocupa��o. A CPI, por mais que n�o d� em nada, posso falar isso porque fui presidente de CPI, isso para as empresas, independentemente, s� o fato de ser convocado e mesmo ouvindo perguntas as mais estapaf�rdias, que acontecem em uma CPI, ainda mais uma CPI Mista, claro que todo empres�rio tem preocupa��o. Essa preocupa��o deles eu encarei com naturalidade."

Julio Camargo fez pagamentos para Gim Argello? "Sei que o J�lio fez pagamentos. N�o sei se fez o que foi pedido, mas fez pagamentos, sim. Acho que da ordem de R$ 2 milh�es, aproximadamente."

Ricardo Pessoa? "Fez. Foram R$ 5 milh�es. O Ricardo estava muito injuriado com tudo isso a�."

A reportagem encaminhou pedido de manifesta��o ao deputado Marco Maia, por WhatsApp, e ao ministro do TCU Vital do R�go, por e-mail, mas ainda n�o obteve retorno.


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