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Estado de Minas

Corrup��o � indigna, diz ministra do STF

Para C�rmen L�cia, que assumir� a presid�ncia da Corte em setembro, popula��o n�o aceita postura il�cita de pol�ticos


postado em 25/06/2016 06:00 / atualizado em 25/06/2016 07:13

"No Brasil, a gente engole o elefante, mas engasga com a formiga. Consegue fazer o impeachment (da presidente), mas n�o consegue tirar o vereador da cidade pequena que todo mundo sabe que roubou" - C�rmen L�cia, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 30/6/14)

S�o Paulo – A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) C�rmen L�cia disse ontem que a corrup��o � um ato de indignidade e que acredita que a popula��o n�o aceita mais a postura il�cita de alguns pol�ticos. A ministra, que assumir� a presid�ncia do STF em setembro, afirmou que o Judici�rio deve garantir que os processos que est�o em andamento cheguem ao fim, atestando todos os direitos, e que os culpados sejam punidos.

Em painel sobre a liberdade de imprensa durante que o 11º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, organizado pela Associa��o Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em S�o Paulo, a ministra criticou veladamente o presidente afastado da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sem citar o nome do parlamentar, ela comentou o julgamento da den�ncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). “O povo brasileiro � muito criativo, tem criatividade at� para o mal. Se voc� ler o voto do ministro Teori (Zavascki, relator dos processos da Lava-Jato no Supremo), � uma coisa impressionante”, disse C�rmen L�cia.

Embora tenha dito acreditar que a popula��o se deu conta de que � afetada pelos casos de corrup��o, pois dinheiro p�blico � dinheiro de todos, a ministra do Supremo admitiu que os processos contra pol�ticos no Brasil ainda enfrentam dificuldades: “No Brasil, a gente engole o elefante, mas engasga com a formiga. Consegue fazer o impeachment (da presidente da Rep�blica), mas n�o consegue tirar o vereador da cidade pequena que todo mundo sabe que roubou ou fez coisa errada”, disse a ministra.

C�rmen L�cia defendeu o jornalismo e a liberdade de express�o como princ�pios b�sicos das democracias. Ela disse que quem assume cargo p�blico tem uma esfera de privacidade menor e citou o caso de jornalistas da Gazeta do Povo que est�o sofrendo uma s�rie de processos movidos por ju�zes do Paran�, que tiveram seus sal�rios revelados em uma reportagem do jornal. “Todo mundo tem direito a privacidade. Mas quem est� no espa�o p�blico tem uma esfera de privacidade diferente de quem est� em casa. Dizer quanto o juiz ganha n�o est� no espa�o da privacidade. � o cidad�o quem paga.”

Ainda falando sobre privacidade, a futura presidente do Supremo afirmou que alguns processos precisam correr em segredo, j� que sua divulga��o pode fazer com que um investigado destrua provas, por exemplo. Segundo ela, por�m, essa � uma das poucas exce��es ao princ�pio da publicidade do Judici�rio. “N�o pode haver sigilo para proteger uma pessoa. O que acontece � que o tempo do direito � diferente do tempo da pol�tica ou da economia.”




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