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Estado de Minas

Jac� Bittar procurou Bumlai por neg�cio no Guaruj�, aponta investiga��o


postado em 27/06/2016 15:01 / atualizado em 27/06/2016 15:40

O ex-prefeito petista de Campinas (SP) Jac� Bittar procurou, em 2009, Jos� Carlos Bumlai para uma "miss�o comercial" que envolvia um terreno de 1,47 milh�o de metros quadrados, no Guaruj�, cidade do litoral paulista. � o que mostra e-mail aberto pela Pol�cia Federal do pecuarista e reunido em um relat�rio de informa��o que refor�a as suspeitas de investigadores de que um grupo de pessoas pr�ximas do conv�vio familiar do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva traficava influ�ncia no governo petista. Investigados na Lava Jato, Bumlai e Bittar s�o amigos do ex-presidente.

  No dia 15 de junho de 2009, Bittar encaminhou para Bumlai e-mail recebido de terceiro. "Material sobre miss�o comercial que ele tem com um terreno no Guaruj�/SP de 1.4700.000 metros quadrados embargado pelo Minist�rio P�blico", registra o Relat�rio de Informa��o 64/2016, da PF de Curitiba, anexado em inqu�rito que tem Bumlai como alvo. Ele trata do conte�do das mensagens de uma conta de e-mail do pecuarista.

Bumlai � pe�a central dessa investiga��o de tr�fico de influ�ncia nos governos Lula. Preso em novembro de 2015 - alvo da fase Passe Livre, refer�ncia ao acesso que tinha ao Planalto - ele � r�u em uma a��o penal, em Curitiba, e alvo de outros inqu�ritos. Bittar e seus filhos Khalil e Fernando s�o tamb�m suspeitos por suas rela��es comerciais e de amizade com o ex-presidente.

A fam�lia Bittar assumiu ter comprado em 2010 o S�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP), por R$ 1,5 milh�o, para ser usado por Lula. Em 2011, a propriedade foi toda reformada e transformada por empreiteiras acusadas de cartel na Petrobras (Odebrecht e OAS) sob a supervis�o de Bumlai, que cedeu o arquiteto e contratados de suas usinas para gerenciar a obra.

Oficialmente, o im�vel foi registrado em nome de Fernando Bittar e do empres�rio Jonas Suassuna - ambos s�cios dos filhos do ex-presidente.

No e-mail que enviou para Bumlai, um ano antes da compra do s�tio, Bittar repassou informa��es sobre um neg�cio no Guaruj� que envolvia a libera��o do terreno, em parte embargado pela Promotoria e tamb�m dependendo da prefeitura local. O e-mail foi enviado por Rog�rio Boucherville, que a PF associa � Tr�is-Rivieres Participa��es, uma holding de institui��es financeiras abertas em 2002 em S�o Vicente (SP).

Jac� Bittar, que foi da safra de primeiros prefeitos do PT, governou Campinas, no interior paulista de 1989 a 1992 e mora atualmente em S�o Vicente. Na mensagem, o interlocutor prop�e uma "miss�o comercial".

"Caso estejas disposto, tenho uma miss�o comercial de planejar o que melhor fazer em uma �rea de 1.479.000 m2 no munic�pio do Guaruj�, zona urbana. Trata-se da �ltima grande �rea que � cortada pela Av. Dom Pedro I”, informa. "Parte da �rea nos fundos est� invadida, tem favelas, posseiros e est� embargada pelo MP. (por sorte)."

N�o � a negocia��o do terreno que interessa aos investigadores da Lava Jato, mas sim as rela��es entre Bittar e Bumlai. Ambos s�o pe�as importantes nas investiga��es sobre o s�tio de Atibaia. Na semana passada, a for�a-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, retomou o andamento dos inqu�ritos e processos de quebra de sigilo e an�lise do material apreendido em buscas que t�m como alvo Lula.

"Para que eu possa fazer um bom acordo c/ o munic�pio, tenho que apresentar uma proposta vi�vel, boa para as duas partes. Da� me vir a ideia de pedir-lhe aconselhamentos", explica o interlocutor, para Bittar. "No estado em que se encontra, o valor da �rea � 10 vezes menor do que seria com todo um planejamento aprovado. Tenho que provar aos investigadores com retorno e principalmente seguran�a jur�dica."

Defesas


Por meio de nota, a defesa do pecuarista Jos� Carlos Bumlai ressaltou que nenhum dos fatos configura crime e que desde que seu cliente foi preso ele vem colaborando com a Justi�a.

"Os epis�dios mencionados na mat�ria foram pin�ados de maneira descontextualizada do relat�rio de intelig�ncia elaborado pela Pol�cia Federal. Ocorre que nenhum deles configura crime. Tanto isso � verdade que n�o h�, desde a juntada aos autos desse material h� mais de um m�s, nenhum apontamento nesse sentido pela autoridade policial respons�vel pelas investiga��es", diz a nota do escrit�rio Malheiros Filho, Meggiolaro e Prado Advogados

O Instituto Lula tamb�m enviou nota � reportagem. "A fam�lia Lula da Silva j� teve seus sigilos fiscais, telef�nicos, banc�rios quebrados sem ser encontrado nenhum crime. Seus membros foram v�timas de arbitrariedades j� denunciadas em representa��o por abuso de autoridade ao Procurador Geral da Rep�blica".

"O vazamento desse relat�rio � mais uma invas�o de privacidade que n�o encontra nenhuma ilegalidade, mas que serve de mat�ria-prima para ila��es de parte da imprensa brasileira para fins pol�ticos. (...) O relat�rio analisa mais de 10 anos de e-mails do sr. Jos� Carlos Bumlai sem encontrar qualquer ilegalidade praticada por qualquer membro da fam�lia Lula da Silva", finaliza o texto.


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