Bras�lia, 29 - O l�der do governo na C�mara, deputado Andr� Moura (PSC-SE), foi escalado pelo Pal�cio do Planalto para negar a exist�ncia de press�o do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre o presidente em exerc�cio Michel Temer para salvar o mandato do peemedebista. Moura disse que o encontro entre Temer e Cunha no �ltimo domingo, 26, foi institucional e que n�o h� "nada de anormal nisso". "Por parte do Pal�cio n�o h� nada a esconder. O encontro foi institucional, foi republicano", afirmou.
Moura convocou uma entrevista coletiva para reagir ao discurso da bancada do PSOL, que apontou a interfer�ncia de Temer no sentido de livrar Cunha da cassa��o do mandato. Moura negou que Cunha tenha pedido ajuda ao presidente em exerc�cio, alegou que o deputado afastado ainda "n�o perdeu suas fun��es parlamentares" e insistiu que a conversa foi sobre o tema gen�rico "cen�rio pol�tico nacional", mas n�o deu detalhes da reuni�o. "A� � conversa deles dois", desconversou. O l�der do governo destacou que a sucess�o no comando da C�mara e a cassa��o de Cunha "n�o s�o assuntos do governo".
O governista tamb�m refutou a tese de que Temer tenha interferido na escolha de Ronaldo Fonseca (PROS-DF) para a relatoria do recurso de Cunha na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). "A escolha do Fonseca n�o foi do Planalto, o Planalto n�o tem o poder de blindar", respondeu.
'Desfecho r�pido'
O deputado afirmou que a perman�ncia do presidente interino da C�mara, Waldir Maranh�o (PP-MA), gera instabilidade na Casa e preocupa o governo Temer, mas que o Executivo n�o vai interferir nos problemas do legislativo. "A situa��o � muito ruim para o andamento das mat�rias de interesse do Pa�s", disse o l�der, reclamando que nesta semana, por exemplo, o Planalto contava com a vota��o de mat�rias importantes. Para Moura, a ren�ncia de Cunha � presid�ncia da C�mara ou sua cassa��o resolveriam a instabilidade, mas ele reconheceu que a primeira op��o seria a mais r�pida.
Oficialmente, o governista diz que Temer n�o conversou com Cunha sobre ren�ncia, mas Moura deixou claro que a expectativa � que haja um desfecho definitivo da situa��o, j� que no segundo semestre - com Olimp�ada e elei��es municipais - o ritmo de vota��es no Congresso deve ser reduzido, portanto, o ideal seria que o processo tenha um fim "o mais r�pido poss�vel". "O que n�s, eu e os demais l�deres da base esperamos, � que esse processo (de instabilidade) possa ter um desfecho ainda no m�s de julho", apelou. Al�m do nome do l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF), Moura lembrou que h� outros nomes em discuss�o para suceder Cunha na presid�ncia da C�mara.
Questionado sobre eventual dela��o premiada de Cunha, o l�der do governo disse que o tema n�o causa desconforto no governo. "N�o h� nenhum tipo de temor neste sentido", afirmou.