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Estado de Minas

Ex-tesoureiro de Dilma faz defesa pr�via na Lava Jato


postado em 03/07/2016 09:43

Bras�lia, 03 - Investigado por supostamente amea�ar empres�rios que tinham contratos com o governo federal em troca de doa��es para a campanha de Dilma Rousseff � reelei��o, o ex-ministro da Comunica��o Social da petista Edinho Silva decidiu se antecipar � Opera��o Lava Jato. A estrat�gia de sua defesa � diferenciar a fun��o de Edinho, que foi tesoureiro da campanha em 2014, da atua��o de Jo�o Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, na arrecada��o de fundos para o partido.

A defesa do ex-ministro vai propor � for�a-tarefa da Lava Jato um depoimento espont�neo. O objetivo � evitar medidas duras como buscas e apreens�es, quebras de sigilo, condu��o coercitiva e at� pris�o.

�Nosso objetivo � mostrar que n�o tem nenhuma rela��o nem com Vaccari nem com as condutas que ele praticou. Independentemente de fazer qualquer julgamento sobre as condutas de Vaccari, vamos mostrar que n�o era a mesma coisa e que eles n�o atuavam em conjunto�, disse a advogada de Edinho, Ma�ra Beuchamp Salomi. Vaccari, detido desde abril do ano passado, foi condenado a 24 anos de pris�o em dois processos da Lava Jato.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou um agravo regimental da defesa e manteve a decis�o de remeter o caso de Edinho para a o juiz S�rgio Moro, em Curitiba. Segundo a advogada, a expectativa � de que os autos cheguem ao Paran� ainda nesta semana.

�Nossa ideia � nos colocarmos � disposi��o, j� marcar um depoimento perante a for�a-tarefa para oferecer elementos que possam sanar quaisquer d�vidas sobre os fatos que est�o sendo apurados. A ideia � afastar qualquer elemento que leve as autoridades a entenderem ser necess�ria uma medida cautelar contra ele�, disse a advogada de Edinho.

Segundo Ma�ra, a estrat�gia de demarcar diferen�as em rela��o a Vaccari � uma forma de contrapor a acusa��o. O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, se baseou nas dela��es do senador cassado Delc�dio Amaral (sem partido-MS) e de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, al�m de material apreendido com os empreiteiros Marcelo Odebrecht e L�o Pinheiro, da OAS, para levantar suspeitas de que Edinho amea�ava empres�rios em troca de doa��es para Dilma - reproduzindo na campanha o m�todo supostamente usado por Vaccari no PT.

�Em verdade, o pedido de pagamento para aux�lio financeiro ao PT, notadamente para o custeio oficial e n�o oficial (caixa 2) das campanhas eleitorais, muitas vezes mediante amea�as de cessa��o das facilidades proporcionadas ao n�cleo econ�mico pelos n�cleos pol�tico e administrativo da organiza��o criminosa, revelam-se como medida habitual, institucionalizada e centralizada, em parte, na pessoa de Edson Ant�nio Edinho da Silva�, argumentou o procurador-geral.

Segundo Janot, os ind�cios �apontam, no m�nimo, para a pr�tica de crime de corrup��o passiva qualificada�.

A defesa de Edinho rejeita as acusa��es e afirma que o ex-ministro mantinha rela��es com empreiteiros e outros potenciais doadores eleitorais por conting�ncia do cargo de tesoureiro. No agravo rejeitado pelo STF, o ex-ministro cita trecho da dela��o de Pessoa na qual o empreiteiro afirma que �em momento algum� se sentiu �amea�ado ou achacado� por Edinho.

O depoimento espont�neo do ex-ministro acontece no momento em que Vaccari e outros petistas presos pela Lava Jato demonstram insatisfa��o e cobram provid�ncias do PT. Conforme o Estado revelou, o ex-tesoureiro quer que o partido assuma a culpa pelos desvios na Petrobr�s. Os primeiros rumores sobre a estrat�gia de defesa de Edinho causaram apreens�o na dire��o do PT, que tenta acalmar Vaccari e teme uma rea��o negativa do ex-tesoureiro. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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