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Estado de Minas

Cunha troca claque pol�tica por advogados


postado em 03/07/2016 10:07

Bras�lia, 03 - O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem despachado na resid�ncia oficial mais com advogados do que com aliados ora fi�is sob o medo de ver algu�m da fam�lia ser preso nestes quase dois meses em que est� fora da presid�ncia da C�mara.

Quem visita o peemedebista afirma que, diferentemente da realidade de dois meses atr�s, o ritmo de advogados na resid�ncia oficial � superior ao de parlamentares.

Segundo um aliado, s�o muitas a��es judiciais e o pr�prio Cunha �coordena os trabalhos�. L�deres partid�rios que sempre estiveram na linha de frente da defesa do parlamentar ainda telefonam ou fazem visitas espor�dicas, mas longe da antiga rotina de conversas di�rias com o presidente afastado da Casa.

H� quem descreva Cunha como abatido, desanimado, com a perspectiva de perder o mandato e acabar na cadeia. O argumento chegou a ser usado para sensibilizar deputados a n�o abandonarem sua defesa no Parlamento.

Segundo relatos, o que mais desestabiliza o peemedebista s�o as demonstra��es de desespero da mulher, Cl�udia Cruz, e da filha Danielle Dytz, que est�o na mira do juiz federal S�rgio Moro. Numa das ocasi�es, o peemedebista ficou nervoso, chegou a chorar, segundo aliados, e foi visto numa liga��o telef�nica pedindo para que a mulher se acalmasse.

Acostumado a ter o controle da situa��o, o deputado afastado tem se mostrado mais irritadi�o. Quando se frustra, Cunha bate na mesa e xinga. Em outros momentos, se acalma fumando um charuto cubano Cohiba. E quando sente a fragilidade tomar conta, volta o foco ao trabalho - que ultimamente se resume no preparo de sua defesa na C�mara e no Supremo Tribunal Federal, al�m da de sua fam�lia.

Nos �ltimos dias, vem sendo pressionado pelos aliados a renunciar � presid�ncia da C�mara para que se abra o caminho de destitui��o de Waldir Maranh�o (PP-MA) da presid�ncia. Segundo um aliado, Cunha admite a hip�tese �desde que haja entendimento sobre o processo dele�.

De acordo com o parlamentar, o peemedebista s� n�o reconheceu publicamente a ren�ncia porque ainda n�o est� claro se � vi�vel o acordo para aprovar seu recurso na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) contra o pedido de cassa��o aprovado no Conselho de �tica.

Na piscina

Cunha tamb�m mudou seus h�bitos em casa. Quando estava �na ativa�, costumava circular na resid�ncia oficial de terno. Agora o deixa sobre uma cadeira da sala e sem o broche que identifica os deputados. As conversas reservadas acontecem na �rea da piscina e os celulares dos interlocutores s�o deixados numa mesa entre a porta da sala e a �rea externa da casa, longe da conversa.

O peemedebista tem procurado seguir a orienta��o dos advogados para n�o passar dos limites na articula��o pol�tica e n�o dar argumentos para a Procuradoria-Geral da Rep�blica alegar que ele est� interferindo nas investiga��es - o que poderia motivar sua pris�o.

Tanto que no dia 20 de maio recuou da decis�o de voltar a frequentar a C�mara por receio de que a a��o fosse interpretada como uma afronta ao afastamento imposto pelo Supremo e, assim, perdesse a liberdade.

�ACM de hoje�

Cunha j� foi visto aos domingos na Igreja Casa da B�n��o, em Taguatinga, no Distrito Federal. No dia 12 de junho, ele participou do culto e leu um vers�culo da B�blia. Ele disse se sentir como �Daniel na cova dos le�es�, mas que acreditava na justi�a divina. Segundo o site da igreja, o peemedebista foi aplaudido e pediu ora��es para ele pr�prio.

�Em todo caso, ningu�m, em s� consci�ncia, pode prever o que vai acontecer com o experiente Eduardo Cunha, que t�m em m�os a hist�ria recente da C�mara dos Deputados. Um fato � certo: Cunha hoje � o ACM (Ant�nio Carlos Magalh�es, pol�tico influente no Congresso) de ontem: firme e conhecedor dos graves pecados de seus advers�rios. Dilma que o diga��, diz texto no site da igreja.

Em casa, o presidente afastado da C�mara frequentemente faz ora��es com uma senhora que costumava frequentar seu gabinete. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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