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Estado de Minas

Janot alerta para a 'agressividade' do suposto operador de Eduardo Cunha


postado em 03/07/2016 16:49

S�o Paulo e Bras�lia, 03 - No documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que pediu a pris�o do lobista L�cio Bolonha Funaro, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, dedicou espa�o para a "agressividade" do suposto operador do presidente afastado da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Funaro foi detido em S�o Paulo na sexta-feira, 1, na Opera��o S�psis, desdobramento da Lava Jato.

O operador de Eduardo Cunha foi citado na dela��o premiada do ex-diretor de Rela��es Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello. O executivo afirmou aos procuradores que pagou R$ 30 milh�es a dois lobistas com tr�nsito no Congresso para efetuar repasses a senadores do PMDB. L�cio Funaro e Milton Lyra seriam os respons�veis por distribuir o dinheiro para os senadores.

Nelson Mello afirmou que "L�cio Funaro continuou a procur�-lo recentemente, mesmo ap�s seu desligamento da empresa". "N�o bastasse isso, procurou-o em sua casa e por meio de seu telefone residencial, apesar de o colaborador nunca ter fornecido tais dados. Tamb�m chama a aten��o a agressividade de Funaro no trato com o colaborador, manifestada por termos como 'voc� n�o sabe com quem est� se metendo' e 'est� querendo me foder?'", anotou Janot no pedido de pris�o do suposto operador de Cunha.

"Posteriormente ao acordo, Nelson Mello peticionou ao Minist�rio P�blico informando ter sido procurado, no m�s de mar�o de 2016, por Funaro e por Eduardo Cunha. Tais fatos mostram o longo alcance, inclusive temporal, e a contemporaneidade dos esquemas de Funaro", disse o procurador.

No documento, Janot destacou o que chamou de "hist�rico de Funaro". Segundo Janot, nenhuma medida cautelar, diferente da pris�o "seria eficiente e �til para estancar suas atividades il�citas".

"Trata-se de pessoa que tem o crime como modus vivendi e j� foi beneficiado com a colabora��o premiada, um dos maiores incentivos que a Justi�a pode conceder a um criminoso, a fim de que abandone as pr�ticas il�citas. No entanto, prosseguiu delinquindo, mesmo ap�s receber o beneficio", anotou.

"Cuida-se de verdadeira trai��o ao voto de confian�a dado a ele pela Justi�a brasileira", relatou Janot, referindo-se � dela��o premiada de Funaro no processo do Mensal�o.

"Pessoas que vivem de pr�ticas reiteradas e habituais de crimes graves, sem qualquer freio inibit�rio, colocam em risco, concretamente, a ordem p�blica."

O procurador citou, no pedido, o empres�rio Milton Schahin. Funaro e o executivo teriam brigado por causa da constru��o da Pequena Usina Hidrel�trica (PCH) de Apertadinho. A Cebel, de Funaro, havia contratado os servi�os da Schahin Engenharia. Em 9 de janeiro de 2008, a barragem da hidrel�trica se rompeu "causando diversos danos ambientais e sociais". O acidente iniciou-se uma guerra declarada entre a Cebel e a Schahin Engenharia.

Janot afirma que "a ousadia de Funaro � conhecida no meio em que circula e ficaram ainda mais evidentes no epis�dio narrado acima em que amea�ou de morte um idoso de mais de 80 anos (Milton Schahin) em raz�o de disputa econ�mica".

"Ora, se Funaro � capaz de amea�ar de morte um anci�o em raz�o de disputas comerciais, n�o h� d�vidas de que n�o se rogar� a prejudicar a investiga��o sobre os fatos que o incriminam", afirmou Janot.

"A pris�o preventiva, em rela��o a L�cio Bolonha Funaro, � medida que se imp�e. De fato, n�o � de se imaginar que Funaro, cujos antecedentes criminais come�am em 1996, somam mais de dez ocorr�ncias entre inqu�ritos e processos, passam por um descumprimento de acordo de colabora��o premiada e chegam aos dias de hoje (como prova o depoimento de Nelson Mello), interromper� espontaneamente a carreira delitiva."


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