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Estado de Minas

Pol�ticos s�o alvos preferenciais de manifesta��es em locais p�blicos

Acirramento da polariza��o causado pelo impeachment de Dilma Rousseff transformou parlamentares de partidos diversos em alvo de agress�es de manifestantes em aeroportos


postado em 04/07/2016 06:00 / atualizado em 04/07/2016 08:09


Ningu�m tem d�vida de que os parlamentares est�o acostumados a voar. Mas isso agora pode ser uma aventura de alto risco de constrangimento, com agress�es f�sicas e verbais. A polariza��o acirrada entre apoiadores de Dilma Rousseff e oposicionistas, desde que o processo de impeachment  foi tomando corpo no Congresso, fez de pol�ticos alvo da revolta de eleitores comuns ou grupos de manifestantes. Adjetivos como “golpista”, “ladr�o”, “fascista”, “safado” integram a recep��o que alguns parlamentares t�m tido nos aeroportos pa�s afora. Deputados federais estiveram no foco de pelo menos 12 atos de hostiliza��o pelos eleitores insatisfeitos com as suas posi��es pol�ticas. N�o existe distin��o de vi�s ideol�gico e ningu�m escapa, seja governo ou oposi��o.

Desde junho de 2013, os brasileiros demonstraram sua for�a ao ocupar ruas e pra�as para gritar por seus direitos, mostrar insatisfa��o e reivindicar seriedade de todos os poderes. A li��o ficou para o povo, mas os parlamentares – representantes da institui��o com maior descr�dito –, est�o sentindo na pele o pre�o de contrariar eleitores. E alguns sofrem mais que outros. O deputado Vitor Valim (PMDB-CE) – rival pol�tico do l�der do governo petista na C�mara Jos� Guimar�es (PT-CE) – sofreu pelo menos dois ataques em apenas 11 dias.

Em 7 de abril, antes da aprova��o do impeachment, ele foi recebido com gritos de “golpista” no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, por defensores da hoje presidente afastada. Em um estado com grande n�mero de eleitores do PT, ele ainda teve que ouvir que n�o representava o povo do Cear�. Valim estava acompanhado de Moses Rodrigues (PMDB-CE) e ambos suportaram calados os gritos de “N�o vai ter golpe”, “capacho de Cunha” e fascista”. No dia 18, outro ataque o impediu de tomar um cafezinho no aeroporto de Bras�lia. Duas mulheres se aproximaram e n�o o pouparam. “Babaca", "engomadinho", "golpistazinho", "vendido" e “safado" foram os adjetivos atribu�dos ao peemedebista.

Mas a vida do seu advers�rio Jos� Guimar�es tamb�m n�o est� f�cil. Ele foi hostilizado dias antes, tamb�m quando desembarcava no aeroporto de Fortaleza. Em 31 de mar�o, um grupo de 10 pessoas atirou notas de dinheiro falsas contra ele. O deputado foi agarrado e, at� chegar a seu carro, obrigado a ouvir um coro de eleitores descontentes com a sua defesa do governo petista. “Ladr�o” e “Fora PT” foi o refr�o entoado na recep��o.

Entre os apoiadores de Dilma Rousseff, nem mesmo a estrela do mundo dos ex-BBBs salvou o deputado Jean Wyllys (PSOL) dos dissabores. Em 4 de mar�o, ele escapou por pouco de agress�es f�sicas de manifestantes contr�rios ao PT que o reconheceram no Aeroporto Internacional Ant�nio Jo�o, em Campo Grande (MS). Revoltado, Wyllys, que foi � cidade participar de uma confer�ncia com apoio da Defensoria P�blica, relatou a investida violenta nas redes sociais e cobrou provid�ncias. At� mesmo o palha�o Tiririca, agora travestido de parlamentar, em vez de arrancar risadas,  causou revolta. Em 19 de abril,  foi chamado de “safado”, ap�s votar pelo impeachment de Dilma, tamb�m no aeroporto de Fortaleza. Aos manifestantes, ele apenas respondeu: “� a sua opini�o.”.

Apenas um dia depois, foi a vez do senador C�ssio Cunha Lima (PSDB-PB) – integrante da comiss�o do impeachment –, passar por esse tipo de constrangimento. Mas n�o esteve sozinho na reprova��o. Em Bras�lia, ele foi lembrado de que j� foi “cassado duas vezes” e chamado de “corrupto”. No mesmo dia, no Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, em Jo�o Pessoa, um grupo de petistas recebeu o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) com gritos de “golpista”.

E nessa onda de descr�dito com os pol�ticos sobrou at� mesmo para a advogada e “musa” do impeachment,  Janaina Paschoal, autora do pedido de afastamento de Dilma. Na quarta-feira, no Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, em Bras�lia, foi cercada por um grupo que repetiam os bord�es: “golpistas, golpistas” e “golpistas, fascistas, n�o passar�o”. Ele era formado por trabalhadores da educa��o de Mato Grosso do Sul e Cear�. A situa��o foi contornada com a interven��o de outros passageiros.


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