Apesar do aparente sucesso do crowdfunding Catarse, que conseguiu arrecadar mais de R$ 500 mil para garantir as viagens da petista, as ruas n�o responderam com a mesma intensidade que os dirigentes partid�rios esperavam. Pesou muito, na vis�o de alguns interlocutores do partido, a aus�ncia de Lula em diversas manifesta��es. “Lula est� muito baqueado por causa da fam�lia. Todos sentem quando familiares s�o envolvidos em investiga��es. Mas ele, pessoalmente, ainda n�o se recuperou totalmente ap�s a press�o que exercida sobre o filho, Lu�s Cl�udio Lula da Silva, na Opera��o Zelotes”, disse um integrante do partido que acompanha de perto a defesa da presidente.
ARROGANTE Outro inc�modo � a postura, considerada arrogante por muitos, de Dilma. Daqui a nove dias, em 12 de julho, ela completar� dois meses fora do Pal�cio do Planalto. Nestes quase 60 dias, em nenhum momento, foi capaz de fazer uma autocr�tica sobre os erros cometidos, tanto na pol�tica quanto na economia. Sequer conseguiu apresentar uma plataforma m�nima de sugest�es para tirar o pa�s da crise, caso volte ao poder ap�s a vota��o do impeachment no Senado, prevista para o fim de agosto.
Os aliados de Dilma admitem que h� a dificuldade de ela sequer manter os 22 votos que conseguiu na primeira vota��o, que aprovou a admissibilidade do processo de impeachment. Eles reclamam que a press�o do Planalto est� muito intensa, com a sinaliza��o de cargos, emendas, e apoio nas elei��es municipais, como � o caso de Rom�rio (PSB-RJ), que disputar� a prefeitura do Rio em outubro e ainda conseguiu emplacar Rosinha da Adefal na Secretaria Nacional das Pessoas com Defici�ncia F�sica.