Maranh�o cancela sess�o de vota��o na C�mara e frustra base governista

O l�der do governo na C�mara, Andr� Moura (PSC-SE), anunciou na tarde desta segunda-feira que o presidente interino da Casa, Waldir Maranh�o (PP-MA), cancelou a sess�o deliberativa marcada para a noite. Maranh�o alegou baixo qu�rum na Casa, o que frustrou a base aliada do governo Michel Temer.

Moura deixou o gabinete da presid�ncia reclamando da falta de cumprimento da promessa de realizar uma semana de esfor�o concentrado. Como n�o houve vota��es na Casa na �ltima semana, Maranh�o havia se comprometido em realizar sess�es de segunda-feira a quinta-feira desta semana para votar o maior n�mero poss�vel de mat�rias de interesse do governo.

Na agenda, duas Medidas Provis�rias trancam a pauta e outros cinco projetos de lei aguardam vota��o. "Come�amos a semana mal", resumiu Moura. Embora Moura tenha apelado para que se aguardasse a chegada dos deputados em Bras�lia, Maranh�o alegou que tinha menos de 80 parlamentares na Casa no come�o da tarde desta segunda-feira, 4.

"Para o governo e para o Pa�s, o preju�zo � enorme", protestou o l�der do governo. A expectativa � que haja sess�o deliberativa s� na ter�a, 5, � noite, e, se for o caso, quinta-feira, tamb�m � noite. Os governistas esperavam votar nesta segunda, 4, duas MPs: a 716 (que destina recursos para a��es de combate � microcefalia e ao mosquito Aedes aegypti) e a 718 (que altera normas tribut�rias e de controle de dopagem com foco na realiza��o dos Jogos Ol�mpicos e Paraol�mpicos do Rio).

Preocupado com o andamento dos trabalhos, Moura disse que vai sugerir aos l�deres partid�rios que trabalhem durante o recesso branco (a partir de meados de julho) e tirem as duas semanas de folga s� na segunda quinzena de setembro, v�spera das elei��es municipais.

O l�der do governo sabe que a proposta � dif�cil de ser consensual porque se o Senado aderir ao recesso branco - folga informal dos parlamentares - dificilmente haver� qu�rum de deputados na Casa para aprovar projetos de interesse do governo. O l�der do governo alegou que � preciso inclusive trabalhar durante todo esse m�s para dar andamento ao pedido de cassa��o do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma vez que se o recurso for rejeitado na CCJ, o processo segue imediatamente como prioridade no plen�rio. A paralisia da C�mara vem incomodando outros l�deres governistas. "Acho p�ssimo para a imagem da Casa", comentou o l�der do DEM, Pauderney Avelino (AM).