
Embora ele considere remota a chance de Dilma voltar, a ideia � fazer um movimento para dificultar a vida do presidente em exerc�cio Michel Temer, apresentar propostas e n�o passar a imagem de que o PT entregou os pontos.
Dilma n�o participar� nesta quarta do interrogat�rio na comiss�o do impeachment no Senado. O advogado Jos� Eduardo Cardozo vai ler uma mensagem da petista e n�o poder� responder a questionamentos. A estrat�gia � preservar Dilma e lev�-la para falar no plen�rio da Casa em agosto, quando as sess�es ser�o comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Cardozo negou que Dilma esteja com receio de enfrentar os senadores. "Se tem uma quest�o que a presidente n�o tem � medo", disse. "Aqui � um jogo de cartas marcadas. Ningu�m est� levando em conta aspectos jur�dicos e ela faz muito bem em n�o vir", emendou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do colegiado.
Plebiscito
Lula conversar� nesta quarta com senadores sobre a proposta de um plebiscito para consultar a popula��o a respeito de novas elei��es. A Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Sem Terra (MST) s�o contra, mas senadores como Roberto Requi�o (PMDB-PR) j� disseram a Dilma que ela precisa fazer um gesto para obter apoio porque, mesmo se conseguir retornar ao cargo, n�o ter� condi��es pol�ticas de se manter no poder.
"Temos de estar abertos para qualquer proposta, seja plebiscito, elei��es gerais, elei��o presidencial, e tem de tentar unificar. O que n�o � poss�vel � a proposta de elei��o indireta que vir�", disse Dilma nesta ter�a-feira, em reuni�o com juristas no Alvorada. � noite ela tamb�m se encontrou com senadores que a apoiam. "Acredito e luto todo dia para o meu retorno. N�o s� pelo meu mandato, mas pelo resgate da democracia", afirmou.
A c�pula do PT quer que a presidente afastada escreva uma carta aos brasileiros, para dizer � sociedade o que pretende fazer se conseguir superar o processo de impeachment.