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Estado de Minas

Ex-tesoureiro do PT diz � PF que madrinha da bateria era 'cabo eleitoral'


postado em 06/07/2016 11:49 / atualizado em 06/07/2016 12:17

S�o Paulo - O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, preso na Opera��o Abismo, declarou � Pol�cia Federal nesta ter�a-feira, 5, que n�o recebeu valores il�citos das obras do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). Ele disse que repassou dinheiro � madrinha da bateria da Escola de Samba Estado Maior da Restinga, em Porto Alegre, porque ela e outros integrantes da agremia��o trabalharam como seus cabos eleitorais em 2010.

Paulo Ferreira foi preso h� duas semanas, alvo de outra miss�o da PF, a Opera��o Custo Brasil - que investiga suposto desvio, entre 2010 e 2015, de R$ 100 milh�es de empr�stimos consignados no �mbito do Minist�rio do Planejamento, gest�o Paulo Bernardo, tamb�m investigado no caso.

O depoimento do ex-tesoureiro foi tomado pela PF no inqu�rito da Opera��o Abismo, deflagrada na segunda-feira, 4. A a��o - que investiga fraude na licita��o de quase R$ 1 bilh�o da constru��o do Cenpes, em 2007 - � a 31.ª fase da Lava Jato. Paulo Ferreira � um dos investigados.

Um delator da Abismo, o advogado Alexandre Romano, conhecido como Chambinho, entregou � Procuradoria da Rep�blica recibos de dep�sitos, a pedido do ex-tesoureiro do PT, para Viviane Rodrigues. Entre 2010 e 2012, madrinha da bateria teria recebido R$ 61,7 mil em 18 parcelas.

Os investigadores suspeitam que Viviane recebeu um "mensalinho" do ex-tesoureiro do PT com dinheiro de propina da fraude na licita��o do Centro de Pesquisas da Petrobras. A Opera��o Abismo contabiliza propina global de R$ 39 milh�es no neg�cio.

"Os documentos apresentados por Alexandre Romano comprovam a realiza��o de diversos dep�sitos a Viviane da Silva Rodrigues, que, segundo o colaborador, seria amiga de Paulo Ferreira e seu contato com blocos carnavalescos", diz a Procuradoria da Rep�blica.

Em seu depoimento � PF nesta ter�a, Paulo Ferreira disse que foi deputado federal e depois se candidatou � reelei��o e que, na campanha, "algumas empresas se dispuseram a colaborar".

Segundo ele, Chambinho "se aproximou" dele e da dire��o do PT. O ex-tesoureiro descreve o delator como "um sujeito muito cativante, me fez padrinho de casamento dele".

Ferreira contou que Chambinho lhe disse que iria ajuda-lo na campanha. "Tenho uma grande experi�ncia em finan�as, me d� o nome de quem quer colaborar com voc� que eu cuido", teria dito o advogado, segundo o ex-tesoureiro.

"Passei o nome de umas quatro empresas, mas jamais poderia imaginar que alguma delas tivesse algo com a Petrobras ou na obra civil do Cenpes", afirmou Ferreira. Segundo ele, essas empresas "fizeram algumas contribui��es".

Ao ser questionado sobre os repasses � madrinha da bateria da Estado Maior da Restinga, Paulo Ferreira alegou ter feito pagamentos "a fornecedores" e a "cabos eleitorais". Segundo ele, a escola de samba apoiou sua candidatura. A PF quis saber sobre a sequ�ncia de dep�sitos em favor de Viviane. "Eram todos cabos eleitorais", afirmou.

Esses cabos eleitorais, segundo Ferreira, faziam servi�os de coloca��o de faixas, cavaletes e distribui��o de santinhos. O maior valor que Chambinho recebeu dos contribuintes da campanha de Paulo Ferreira nunca foi superior a R$ 30 mil. A seus fornecedores, o ex-tesoureiro disse que repassava, em m�dia, R$ 3 mil.


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