Bras�lia, 09 - O presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), sinalizou, em entrevista ao
Broadcast Pol�tico
, servi�o de not�cia em tempo real da Ag�ncia Estado, que o partido pode deixar de lan�ar candidato � sucess�o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em troca do apoio do governo Michel Temer para comandar a Casa nos pr�ximos dois anos. O l�der do partido na C�mara dos Deputados, Ant�nio Imbassahy (BA), est� entre os cotados para o mandato-tamp�o at� o ano que vem.
A�cio afirma que o foco est� na �governabilidade�, mas fala em �reciprocidade� com o PMDB a partir de 2017 ao defender que o PSDB tenha �protagonismo�. Em fevereiro do pr�ximo ano, quando haver� renova��o das Mesas Diretoras da C�mara e do Senado, a preocupa��o � que o PMDB n�o tenha hegemonia da agenda do Congresso e n�o ocupe os dois principais cargos da linha sucess�ria da Presid�ncia da Rep�blica, que tamb�m pode ficar com o partido caso o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff seja aprovado no segundo semestre.
�Interessa ao governo Michel ter um acordo program�tico e mais s�lido e passa por uma reciprocidade. Vejo disposi��o do governo em rela��o a isso�, disse A�cio, ao considerar que esse acordo � importante para se aprovar as reformas.
O tucano admitiu que � preciso ter �aten��o� em rela��o aos partidos do Centr�o, que ganharam espa�o pol�tico na gest�o Temer e que devem lan�ar candidatos. Mas contemporizou ao dizer que essas legendas sempre foram aliadas do PSDB. �� absolutamente poss�vel manter o apoio com esse grupo pol�tico sem desprezar a relev�ncia de ter apoios de partidos sintonizados com a sociedade como � o caso do PSDB�, afirmou.
A�cio tamb�m disse que o �sentimento� no PSDB � de apoiar a cassa��o de Cunha e afirmou n�o acreditar num acordo de Temer para salvar o mandato do peemedebista. �Ele n�o cometeria um equ�voco prim�rio�, afirmou.
Governo
Sobre o apoio ao governo Temer, A�cio alertou para os �sinais trocados e preocupantes� na condu��o da economia �s v�speras de completar dois meses da gest�o e alertou que n�o h� um apoio �cego� do PSDB � gest�o do peemedebista na Presid�ncia.
Em meio � grave crise das contas p�blicas, o tucano criticou o fato de que, ao mesmo tempo em que o governo anunciou uma meta fiscal extremamente rigorosa, cedeu a press�es para conceder reajustes ao funcionalismo p�blico. �Ele (Temer) teve o m�rito de montar uma equipe econ�mica qualificada, mas esses sinais trocados foram o ponto negativo nesse in�cio de governo. H� tempo para corrigir ainda? Espero que sim. N�s apoiamos por responsabilidade com o Pa�s, mas n�o apoiamos cegamente�, afirmou o tucano.
Para A�cio, a partir de agosto, passada a vota��o do impeachment da presidente afastada, ser� o momento crucial para o governo tomar medidas de conten��o de despesas, como a reforma da Previd�ncia. �Ser� o momento de colocar em pr�tica a agenda de reformas estruturais que ele sempre nos garantiu que faria�, disse o tucano, incluindo as reformas trabalhista e pol�tica na lista. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.