Com aval do Planalto, deputados fecharam neste domingo, 10, acordo para antecipar a elei��o � sucess�o na C�mara para as 19h desta quarta-feira. O acordo ainda precisa ser referendado hoje, em reuni�o da Mesa Diretora da Casa.
A negocia��o passou tamb�m pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que integra a antiga oposi��o e deve ir para a disputa contra Rosso. Maia tem apoio de Maranh�o e negocia alian�a com o PT. Maia diz que foi procurado pelo l�der do governo, Andr� Moura (PSC-SE). "Eu n�o defendi nem ter�a, nem quinta, e sim um meio termo", afirmou Moura.
Na pr�tica, Maia se tornou o principal interlocutor do presidente interino da C�mara nas negocia��es. Ao longo do dia, o deputado chegou a atender o telefone de Maranh�o diversas vezes.
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, tamb�m conversou com Maia em busca de um acordo. "Eu falei com o Rodrigo e com o Andr� Moura e fiz uma pondera��o: n�o � bom que a elei��o seja na quinta, �s v�speras do recesso parlamentar", disse Geddel.
Sem conseguir unificar a base aliada em torno de um �nico candidato, o Planalto operou para antecipar a elei��o por avaliar que, quanto mais tempo passar, o racha ser� maior. Na semana passada, Maranh�o disse ao presidente em exerc�cio Michel Temer que gostaria de permanecer no cargo.
Impasse
O impasse sobre a sucess�o na C�mara come�ou ap�s a ren�ncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), h� quatro dias, quando Maranh�o decidiu convocar a elei��o para quinta-feira. L�deres do Centr�o propuseram, ent�o, que a disputa ocorresse dois dias antes, na ter�a.
A proposta foi interpretada como uma manobra, j� que neste dia est� prevista a reuni�o da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) para decidir se acata recurso de Cunha contestando o parecer que recomenda sua cassa��o. Diante do imbr�glio, surgiu a ideia da elei��o na quarta-feira.
Criticado por negociar apoio do PT, Maia jantou com o presidente do PSDB, A�cio Neves (MG), no fim de semana, no Rio. O PSDB � um dos partidos que podem apoi�-lo.
O deputado do DEM disse ao Estado que Temer avalizou sua iniciativa de conversar com diversas siglas e negou o mal estar entre partidos da base. O Centr�o, por sua vez, aponta a influ�ncia de Moreira Franco na opera��o para alavancar a candidatura de Maia.
Contrariado com esses rumores, Moreira postou no Twitter que o governo n�o deve atuar na sucess�o de Cunha.