S�o Paulo, 11 - Faltando pouco mais de um m�s para o in�cio da campanha eleitoral, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o empres�rio Jo�o Doria (PSDB) aparecem como donos de mais da metade do tempo de TV reservado � propaganda dos candidatos que disputar�o a Prefeitura de S�o Paulo.
Com a retaguarda de duas m�quinas governamentais, a Prefeitura e o governo estadual, o tucano e o petista j� reuniram em seus palanques o apoio de 13 legendas que, juntas, contam com mais de cinco minutos em cada um dos dois blocos de 10 minutos na TV aberta e r�dio.
A propaganda come�a a ser transmitida em 26 de agosto. Aliado do governador Geraldo Alckmin, Doria j� conta com o apoio declarado de PSB, PV, PPS, PMB, PHS e PP. Nesta segunda-feira, 11, ele anunciar� a ades�o de mais uma sigla, o DEM. A informa��o foi antecipada neste domingo, 10, pela Coluna do Estad�o.
Com esse arco de alian�as, o tucano ter� o maior tempo. Em sua primeira disputa eleitoral, o empres�rio conta com 3min2s em cada bloco de 10 minutos. Outros 12min45s di�rios ser�o distribu�dos diariamente em inser��es de 30 ou 15 segundos ao longo do dia.
J� Haddad, que tentar� a reelei��o, j� tem ao seu lado PCdoB, PR, PDT e PROS. Isso lhe garante 2min30s em cada bloco e 10min28s para dividir em pequenas inser��es di�rias. A polariza��o entre o tucano e o petista deixou os demais pr�-candidatos sem op��es para ampliar o tempo de TV.
Mesmo com apoio do presidente interino Michel Temer, a senadora Marta Suplicy, do PMDB, deve contar apenas com o tempo de TV do seu partido, que � de 1min45s em cada bloco de 10 minutos e 5min10s para dividir em propagandas de 15 segundos ou 30 segundos.
O vereador Andrea Matarazzo, que � pr�-candidato pelo PSD, ter� apenas 43 segundos em cada bloco de dez minutos e pouco mais de 3 minutos para dividir em pequenas propagandas di�rias.
Como todos os partidos grandes e m�dios j� fecharam suas posi��es, os postulantes � Prefeitura de S�o Paulo tentam agora atrair um bloco de 7 legendas "nanicas". As articula��es t�m de ser finalizadas at� a primeira semana de agosto, quando termina o prazo para as conven��es partid�rias que oficializar�o as candidaturas.
Rearranjo
Emparedado entre o PSDB e o PT, o vereador Andrea Matarazzo (PSD) diz que j� esperava a polariza��o. "S�o as duas m�quinas que est�o atraindo esses partidos. N�o tem como dizer que s�o coliga��es program�ticas ou ideol�gicas", afirma ele.
Tucanos e petistas negam que exista uma troca, mas Alckmin e Haddad promoveram mudan�as em seus secretariados para acomodar aliados. Para receber o apoio do PR, Haddad entregou duas pastas � sigla, Esporte e Meio Ambiente.
O PCdoB tem a Educa��o e SPTuris, o PDT, a secretaria de subprefeituras e o PROS, a de Turismo. "Os partidos que est�o com o Haddad comp�em o governo faz tempo, j� os que est�o com Doria foram levados ao governo agora", diz Paulo Fiorilo, presidente do PT paulistano.
Os tucanos rebatem e dizem que a maioria das siglas que declararam apoio ao pr�-candidato do PSDB tamb�m s�o aliadas antigas do Pal�cio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. "Todos os partidos que contam com tempo relevante de TV est�o conosco faz tempo", diz Julio Semeghini, coordenador da pr�-campanha de Doria. A exce��o � o PP, que espera assumir uma pasta estadual.
Alckmin conta com tr�s secretarias ainda abertas para contemplar aliados, Turismo, Log�stica e Transporte e Cultura.
Na �ltima pesquisa IBOPE sobre a disputa em S�o Paulo, divulgada no dia 21 de junho, Celso Russoamnno (PRB) apareceu na lideran�a, com 26% das inten��es de voto. Marta Suplicy (PMDB), Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad (PT), Jo�o Doria (PSDB) e Andrea Matarazzo (PSD) aparecem em segundo, em situa��o de empate t�cnico.
Alian�a
A polariza��o entre PSDB e PT no processo de forma��o do palanque eletr�nico para a elei��o municipal de S�o Paulo levou aliados da senadora Marta Suplicy, pr�-candidata do PMDB, a tentar uma aproxima��o com o PSD, do vereador Andrea Matarazzo.
A ideia de unir os dois postulantes na mesma chapa conta com o aval do presidente em exerc�cio Michel Temer com a simpatia do ministro Gilberto Kassab, fundador do PSD, e com a aprova��o da senadora. Uma eventual chapa Marta-Andrea teria cerca de 8 minutos para dividir em inser��es ao longo do dia.
A movimenta��o esbarra em Matarazzo, que n�o abre m�o de ser candidato para ocupar um posto de vice. "Por coer�ncia, n�o existe nenhuma possibilidade de eu ser vice da Marta. Fui um grande cr�tico do governo dela", diz o vereador.
Com todos os grandes e m�dios partidos comprometidos, Marta, Andrea e o l�der das pesquisas de opini�o sobre a sucess�o paulistana, Celso Russomanno (PRB), tentam atrair o apoio de sete legendas nanicas que ainda n�o se posicionaram.
S�o elas PSC, PT do B, PSL, PEN, PRP, PMN e PTN. Russomanno esteve pr�ximo de fechar com PTB e SD, mas perdeu o apoio devido � inseguran�a jur�dica de sua candidatura. O deputado decidiu antecipar sua conven��o de 31 para 24 de julho. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.