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Estado de Minas

Na CCJ, Cunha diz que parlamentares investigados podem sofrer o mesmo que ele


postado em 12/07/2016 17:37

Bras�lia, 12 - Em defesa apresentada � Comiss�o de Constitui��o de Justi�a (CCJ) da C�mara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu recorrer � consci�ncia dos colegas. Se dizendo injusti�ado no processo de cassa��o, disse que parlamentares indiciados pela Justi�a podem sofrer o mesmo que ele. "H� investigados nesta sala", disse. "Hoje sou eu. � o efeito Orloff. Voc�s, amanh�", disse.

A refer�ncia do deputado, usada para alertar os colegas sobre o risco de decidirem contra seu recurso na comiss�o, vem de uma campanha da marca de vodca na d�cada de 1980. "Eu sou voc� amanh�", dizia a pe�a publicit�ria. O peemedebista reclama de ser tratado como um condenado, apesar de ter apenas acusa��es contra seu nome. "Com certeza absoluta, isso pode ser com qualquer um amanh�", completou.

Cunha afirmou ainda que se a C�mara adotar contra todos os parlamentares investigados o mesmo procedimento do processo contra seu nome, todos ser�o cassados.

Para o deputado afastado, os argumentos do �rg�o acusador, antes mesmo da palavra da defesa e do julgamento, est�o sendo usados como uma senten�a j� transitada. "Nenhum dos 117 deputados (investigados) sobreviver�o nessa Casa e dever�o todos ser cassados", concluiu.

Em sua fala � CCJ, Cunha disse ser v�tima de um processo pol�tico que come�ou com sua elei��o para a presid�ncia da Casa. Segundo ele, nenhum inqu�rito transitava em seu nome at� o momento que foi eleito para o cargo mais importante da Casa. "� �bvio que vivemos um embate pol�tico", afirmou.

Ele argumentou ainda que algumas pautas que colocou para votar desagradaram diversos grupos, como a redu��o da maioridade penal e a regulamenta��o da terceiriza��o. "Isso agride muitos", disse, lembrando que v�rias pessoas recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e perderam.

Cunha afirmou ter profundo conhecimento do regimento da Casa e que n�o se lembra de ter perdido qualquer questionamento na Justi�a sobre suas decis�es na C�mara. Ele disse ter participado pessoalmente da elabora��o do recurso � CCJ que pede o retorno de seu processo de cassa��o � an�lise do Conselho de �tica. "Esse recurso � feito por mim, o que demonstra o detalhamento das infra��es regimentais concedidas", afirmou.

Sobre as questionadas contas no exterior, Cunha disse que nunca negou que sua esposa tivesse conta no exterior. "N�o tinha obriga��o de declarar", disse. Para o deputado afastado, n�o cabe ao Conselho de �tica fazer julgamento contra ela.

Constantemente acusado de atuar para atrasar seu processo de cassa��o, Cunha disse que os membros do Conselho de �tica erravam propositalmente os procedimentos regimentais para depois reformar decis�es e culp�-lo pelas manobras.

Entre as cr�ticas, Cunha afirmou que o relator do processo, Marcos Rog�rio (DEM-RO), atua para ganhar aten��o. "T�pica personalidade de que tem que abrir a geladeira para acender a luz", disse.

Assim como seu advogado, o peemedebista argumentou que o fato de o processo ser contra seu nome influenciou os encaminhamentos. "Esta Casa n�o pode criar precedentes pela capa do processo", afirmou. Durante a fala, a CCJ alcan�ou o qu�rum m�ximo de 66 deputados.


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