Cunha diz que acionar� Supremo se relat�rio n�o acolher pontos relevantes

Bras�lia, 12 - O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou na noite desta ter�a-feira, 12, que certamente vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) se o relat�rio sobre seu processo de cassa��o n�o acolher os pontos que apresentou em recurso na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara.

Questionado sobre mais um adiamento da sess�o da CCJ, que ser� retomada amanh� de manh�, Cunha adotou um tom de quem ainda se sente presidente. O peemedebista disse que j� passava das sete da noite, numa sess�o que come�ou �s 14h30. "A ordem do dia abriu tarde demais, a Casa n�o est� trabalhando", disse.

Discurso

Em seu discurso de mais de uma hora e meia na CCJ, Cunha finalizou falando em inconformismo com o parecer que n�o acatou todos os seus 16 argumentos contra o processo de cassa��o aprovado no Conselho de �tica. O peemedebista lamentou que o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF) n�o concordou com o impedimento do relator no Conselho, deputado Marcos Rog�rio (DEM-RO), e n�o aceitou a reclama��o de que houve aditamento no processo disciplinar.

Nos momentos finais, Cunha disse que as manobras perpetradas no processo vieram do presidente do Conselho, Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), e sugeriu que em seu caso "vale tudo quando a gente quer exercer vingan�a pol�tica". Ele pediu para que Fonseca reveja seu posicionamento e afirmou que n�o gostaria de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para ver garantido seus direitos.

O peemedebista pediu que a comiss�o examine seu recurso do ponto de vista da legalidade processual e insistiu que seus colegas zelem pelo regimento interno. "A comiss�o tem que zelar para que nenhum absurdo possa ferir um direito", declarou.

Durante todo seu discurso, Cunha ressaltou que a CCJ pode dar curso a ilegalidades que tornam todo seu processo nulo. Ele citou o caso do ex-deputado petista Professor Luizinho (SP), que quase foi cassado e depois foi absolvido pelo STF no esc�ndalo do mensal�o. "N�o h� como ter o mesmo processo nas duas inst�ncias (C�mara e STF)", disse Cunha, enfatizando que se eventualmente for condenado no STF, a cassa��o seria autom�tica.