Teresina - O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) afirmou nesta quinta-feira, 14, que o Pal�cio do Planalto atuou para derrot�-lo na disputa pela presid�ncia da C�mara. Segundo ele, seu nome foi lan�ado na sucess�o de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou na quinta-feira da semana passada, para unir seu partido, que tem a maior bancada da Casa - 66 parlamentares.
Castro lamentou o fato de ter sido derrotado, apesar da vota��o interna que definiu uma candidatura para, segundo ele, unificar o PMDB. "Eu poderia ser candidato avulso, mas preferi me submeter ao partido, porque � o maior da C�mara. Esperava superar as dificuldades e criar uma unidade para irmos atr�s de outros apoios", afirmou o parlamentar.
'Medo'
O deputado disse tamb�m que perdeu apoios porque o governo interino de Michel Temer teria mobilizado ministros para pedir, em cada gabinete, que os parlamentares n�o votassem no candidato do PMDB. "O Planalto n�o poderia parecer enfraquecido. A minha candidatura n�o era do Planalto. O Planalto nem sabia da minha candidatura. Acho que ficaram com medo de eu ser eleito com o apoio do PT. S�o coisas que acontecem na pol�tica", disse.
"(A articula��o do Pal�cio do Planalto) Atrapalhou a minha ascens�o, mas pol�tico � acostumado com essas coisas. O PMDB me magoou, porque, se eu tinha direito de ser candidato, n�o precisava do partido, mas me submeti ao partido para disputar os votos do partido. Fiz isso aceitando as regras do jogo. Acho que faltou lealdade", afirmou Castro.
D�vida
O deputado questionou ainda a necessidade de uma vota��o na bancada: "Para que essa submiss�o ao partido? O problema � que eles n�o aguentaram a press�o do Planalto e me tiraram o apoio", afirmou.
Castro disse que teria ido para o segundo turno com Rog�rio Rosso (PSD-DF), representante do Centr�o, mas as manobras acabaram dando votos a Rodrigo Maia (DEM-RJ).
"O que prev�amos acontecer � o que aconteceu com o Rodrigo Maia, os votos foram descarregados nele, como seriam em mim, contra Rosso. Est�o todos contra o Centr�o, que ficou estigmatizado", disse o peemedebista, que, no entanto, destacou o perfil conciliador do deputado federal do DEM.