Em mensagens, fam�lia de empreiteiro brinca sobre compra de votos para A�cio

S�o Paulo, 19 - Crime previsto na legisla��o eleitoral, a compra de votos � motivo de brincadeiras para a fam�lia do segundo maior empreiteiro do Pa�s, o ex-presidente da Andrade Gutierrez Ot�vio Marques Azevedo.

Em um di�logo no Whatsapp com suas filhas no dia 17 de outubro de 2014, a uma semana do segundo turno das elei��es presidenciais, ele e sua fam�lia, apoiadores p�blicos da candidatura de A�cio Neves (PSDB) � Presid�ncia da Rep�blica em 2014, chegam a sugerir, em tom de brincadeira, a compra de votos em favor do tucano.

"Mam�e ligou pra Cleide hoje e disse pra ela que vai dar R$ 100 pra ela caso ela consiga 50 votos pro A�cio!!! kkk", diz uma das filhas do executivo. Ao que outra responde: "Eu tenho uma oferta melhor". Antes de comentar sua "proposta" por�m, ela � interrompida por Ot�vio Azevedo.

"Crime eleitoral, pode impugnar o A�cio se vazar", diz o pai. A segunda filha, contudo, j� havia escrito a mensagem: "Eu dou R$ 50.000 pra mam�e se ela conseguir fazer a Raquelzinha filha da Constan�a votar no A�cio!!!"

A primeira filha, por sua vez, responde ao empres�rio e diz que era apenas uma brincadeira, ao que ele responde: "� l�gico que sim, eu estava do lado dela quando ela falou! Fique tranquila, foi goza��es (sic)."

Pego na Lava Jato, Ot�vio Azevedo fez acordo de dela��o premiada e revelou em detalhes a atua��o de uma das maiores empreiteiras brasileiras em esquema de corrup��o na Petrobras, no setor el�trico e at� em obras da Copa do Mundo.

Atualmente ele cumpre pris�o domiciliar. Sua empresa tamb�m fez um acordo de leni�ncia no qual aceitou devolver R$ 1 bilh�o e revelou a atua��o do cartel de empreiteiras em v�rios setores da economia brasileira.

Em sua resid�ncia na capital paulista, a Pol�cia Federal apreendeu no ano passado sete aparelhos celulares, que revelaram em detalhes os contatos e o cotidiano do empreiteiro com o mundo empresarial e pol�tico - al�m de mensagens que mostram o apoio de seus familiares mais pr�ximos ao candidato tucano que acabou sendo derrotado nas elei��es de 2014.