Maia diz que corte de ponto n�o visa a garantir qu�rum para cassa��o de Cunha

Bras�lia, 20 - O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou na tarde desta quarta-feira, 20, que o corte de ponto dos deputados visa a garantir o qu�rum dos parlamentares em plen�rio para votar, em agosto, o processo de cassa��o do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "N�o tem n�o (como objetivo garantir qu�rum para vota��o contra Cunha)", disse Maia.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada hoje aponta que l�deres do Centr�o, bloco ligado a Cunha, t�m se mostrado cautelosos e consideram que n�o haver� qu�rum suficiente para votar o processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista em agosto.

Por outro lado, partidos do grupo de Maia anunciam que v�o convocar deputados a fim de garantir n�mero m�nimo para votar a cassa��o dele no pr�ximo m�s. Em meio � press�o, o presidente da C�mara j� anunciou que quer votar o pedido na segunda semana de agosto, entre os dias 8 e 12.

Para Rodrigo Maia, a base aliada "� uma s�" e a decis�o do corte de ponto vai valer para todo mundo, da mesma forma. O deputado disse que, diante do processo eleitoral, � "clara" a necessidade de haver corte de ponto dos deputados. Ele afirmou que o resultado das elei��es municipais - seja com candidatos que s�o deputados ou apoiado por eles - ser� influenciado tamb�m pelo comparecimento dos parlamentares no Congresso.

Tradicionalmente, em per�odo eleitoral, o Congresso fica esvaziado. Maia quer convocar tr�s sess�es de vota��o por semana na C�mara.

Prioridades

A inten��o dele, na volta do recesso, � priorizar a vota��o do projeto da renegocia��o da d�vida dos Estados e aquele que acaba com a obrigatoriedade da Petrobras em ser operadora exclusiva no pr�-sal. Maia disse que na pr�xima semana vai encerrar a rodada de conversas com l�deres partid�rios para definir a agenda de vota��es.

Ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Maia foi um dos convidados do jantar promovido pelo presidente em exerc�cio, Michel Temer. Ele disse que n�o houve um "ponto espec�fico" tratado no encontro, mas a aproxima��o para se construir uma agenda entre o governo, a C�mara e o Senado, a fim de criar um ambiente para votar mat�rias de consenso.

Questionado se houve algum pedido de Temer no encontro sobre a pauta de vota��es, ele afirmou que a iniciativa n�o � sequer necess�ria. "Como ele sabe que eu tenho um perfil de tratar desses temas e sou convergente com os interesses do governo, ele n�o precisa nem pedir", avaliou.

Foro

O presidente da C�mara disse que, caso chegue ao plen�rio, colocar� em vota��o uma proposta que acaba com o foro privilegiado. Ele lembrou que a proposta est� na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) e ainda teria de passar por uma comiss�o especial. "N�o depende de mim (a tramita��o), o que depender da minha provid�ncia, colocarei em pauta", destacou.