Juiz do Rio nega pedido de liberdade para diretores afastados da Eletronuclear

Rio, 20 - O juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7.� Vara Federal Criminal do Rio, negou nesta quarta-feira, 20, pedido de revoga��o da pris�o dos diretores afastados da Eletronuclear Edno Negrini e Luiz Antonio de Amorim Soares. Os dois foram detidos em 6 de julho na Opera��o Pripyat, desdobramento da Lava Jato.

A defesa de Soares pediu a anula��o da pris�o ou como alternativa o cumprimento de pris�o domiciliar. J� os advogados de Negrini solicitaram a liberdade dele com a possibilidade de medidas cautelares, como entrega de passaporte. O magistrado, no entanto, confirmou a necessidade de manuten��o da pris�o preventiva dos investigados.

"A substitui��o da pris�o preventiva por outras medidas cautelares menos graves � descabida. Uma vez que se trata de investiga��o envolvendo organiza��o criminosa, crime permanente e que envolve v�rias rela��es complexas entre os investigados e, qui��, outras pessoas", diz Bretas na decis�o da �ltima ter�a-feira.

Para o juiz, � preciso o isolamento dos diretores para que n�o sigam cometendo o crime e n�o subtraiam documentos e equipamentos, o que, diz Bretas, "aparentemente fizeram os investigados". Segundo o magistrado, os fundamentos que levaram � decreta��o da pris�o permanecem inalterados. "A defesa n�o trouxe aos autos documenta��o que enseje a rean�lise do pleito", diz na decis�o.

Ele destaca que um dos motivos para a decreta��o da pris�o � "a exist�ncia de ind�cios concretos de que a liberdade representa risco de reitera��o de condutas delitivas, al�m de permitir a oculta��o do patrim�nio esp�rio, principalmente, tratando-se de crimes de lavagem de dinheiro".

O Minist�rio P�blico Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) tamb�m se manifestou contr�rio aos pedidos de Soares e Negrini. No in�cio de julho, a Pol�cia Federal cumpriu medidas cautelares pedidas pelo MPF-RJ com a finalidade de reunir provas adicionais de crimes de organiza��o criminosa, fraudes licitat�rias, corrup��o e lavagem de dinheiro decorrente de contratos da Eletronuclear, subsidi�ria da Eletrobras. A opera��o mirou ajustes celebrados pela construtora Andrade Gutierrez para obras da constru��o civil da usina Angra 3.