O nome do deputado � defendido pelos principais l�deres da campanha tucana por ser jovem e ao mesmo tempo carregar o nome de um pol�tico de peso dentro do partido. Bruno tem 36 anos e � neto de M�rio Covas, que governou o Estado de S�o Paulo entre 1994 e 2001, ano de sua morte aos 71 anos.
Com isso, Bruno atenderia a duas demandas, uma externa e outra interna. Aos olhos do eleitor, "casaria" com a imagem de Doria, um ne�fito na pol�tica, �nico entre os pr�-candidatos a disputar sua primeira elei��o.
Dentro do partido, segundo os defensores do nome do deputado, um vice do PSDB com um sobrenome de peso como Covas serviria para pacificar o ambiente interno ap�s conturbadas pr�vias, cujos desdobramentos resultaram um racha no partido. As prim�rias foram marcadas por den�ncias de irregularidades e levaram � desfilia��o do vereador Andrea Matarazzo, quadro hist�rico da legenda e pr�-candidato pelo PSD.
Um terceiro argumento de quem defende a ideia da chapa "puro-sangue" � a preocupa��o em n�o preterir um dos partidos que anunciaram apoio ao candidato tucano. Ontem, Doria anunciou a ades�o do PTC, a d�cima sigla a compor a chapa da qual fazem parte o PSB, PMB, PHS, PV, PPS, PP, DEM, PRP e PTdoB, al�m do PSDB.
Com o maior n�mero de partidos em sua alian�a, Doria ser� o candidato como maior tempo de TV, arma fundamental para garantir a exposi��o do candidato, que est� entre os menos conhecidos. Sem considerar o tempo conquistado com a ades�o do PTC, Doria tem 13 minutos para dividir diariamente em inser��es de 30 ou 15 segundos.
Cargos
Na segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin deu posse a um indicado do PP no comando da Secretaria de Meio Ambiente. Ao se unir a Doria, o PP acrescentou 2 minutos e 39 segundos di�rios ao tempo reservado �s inser��es de TV do aliado de Alckmin.
Durante sabatina realizada pelo portal UOL, o jornal Folha de S.Paulo e o SBT ontem, Doria negou que haja loteamento de cargos no governo estadual em troca de apoio a sua campanha. "N�o h� loteamento. Qual a ilegitimidade de uma coliga��o pol�tica? Se se faz em todos os planos, qual o impedimento de se fazer em plano municipal? N�o negociamos cargo na Prefeitura nem subprefeitura. Faremos programa de governo", disse.
A candidatura de Doria foi constru�da sob forte influ�ncia de Alckmin, que � um dos nomes cotados para a disputa � Presid�ncia em 2018. O governador referendou o nome do empres�rio nas pr�vias da capital � revelia de outros dos principais l�deres do PSDB paulista, o que provocou racha na legenda.
O ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do partido, denunciou Doria por compra de votos e abuso de poder econ�mico. Quadros hist�ricos do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o chanceler Jos� Serra e o senador Aloysio Nunes Ferreira, defendiam o nome de Matarazzo.
Para evitar esvaziamento na conven��o de Domingo (24) que vai oficializar a chapa de Doria e Bruno, Alckmin convocou quatro governadores tucanos: Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO), Pedro Taques (MT) e Reinaldo Azambuja (MS). O senador A�cio Neves (MG) n�o estar�, mas gravou um v�deo que ser� exibido no evento.