"Quero ter petistas comigo, pois muitos continuam votando (em mim) e s�o amigos meus. Quero t�-los no governo (...), pois eu vou precisar e a cidade vai precisar de petistas que t�m muito a contribuir", disse a candidata em sabatina realizada pelo UOL, Folha de S.Paulo e SBT.
A candidata lembrou que est� � frente nas pesquisas do prefeito e candidato � reelei��o Fernando Haddad (PT) e fez v�rias cr�ticas �s concess�es pol�ticas feitas pelo PT durante os governos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff. "Dilma n�o teve compet�ncia pol�tica para exercer o poder que tem como presidente da Rep�blica. N�o dialogava com movimentos e, no poder, quem n�o gosta de dialogar � complicado", disse Erundina sobre os motivos do afastamento de Dilma. "Lamentavelmente, Dilma e Lula n�o fizeram alian�a com o povo e ficaram ref�ns do Congresso", emendou.
Sobre o desfecho do professo de impeachment de Dilma, que deve ser julgado em agosto pelo Senado, Erundina disse que, com a correla��o de for�as no Congresso, n�o v� chance alguma de a presidente afastada escapar de uma cassa��o. "Mas, se ela ganhar, ter� dificuldade de governar com o desgaste que vem sofrendo h� anos. Por isso, � melhor elei��o para resolver no voto popular", defendeu.
Erundina, no entanto, afirmou ser contr�ria, como � o PSOL, ao impeachment da presidente, por n�o haver crime de responsabilidade. "Eu e o PSOL entendemos que n�o houve crime de responsabilidade contra a presidente. Isso � golpe, ruim para democracia e cria instabilidade institucional", avaliou.
A ex-prefeita de S�o Paulo classificou o presidente interino Michel Temer (PMDB) como "golpista" e considerou como seu "�nico desvio" em campanhas eleitorais o fato de t�-lo como candidato � vice-prefeito, em 2004, na disputada � Prefeitura de S�o Paulo, ainda pelo PSB.
"Tenho muitos defeitos, inclusive na pol�tica, mas ningu�m pode me acusar de incoer�ncia. �nico caso de desvio foi o da campanha de 2004, por outro partido, o PSB, que naquela ocasi�o firmou alian�a com o PMDB, partido que tinha Temer na cabe�a de chave e aceitou ser vice. Um presidente que articulou um golpe", afirmou.
A candidata do PSOL lembrou que governou S�o Paulo por quatro anos sem ter maioria na C�mara Municipal e admitiu que, caso seja eleita, dificilmente o cen�rio ser� diferente a partir de 2017. Por isso, buscar� apoio na sociedade e nos movimentos populares para pressionar a C�mara a aprovar projetos defendidos por ela. "Pre�o para ter maioria seria ter feito concess�es �ticas e eu n�o fiz. O que me salvou foi a alian�a com a sociedade civil organizada. Agora vamos conversar com outras for�as pol�ticas e fazer uma alian�a com o povo", afirmou.
Erundina disse ainda que n�o est� no PSOL para ser candidata � Prefeitura e que at� avaliava n�o disputar mais qualquer elei��o, apesar de trabalhar para fundar um novo partido, batizado de Raiz. A candidata admitiu ser pouco conhecida entre os eleitores jovens, j� que governou S�o Paulo h� 27 anos. "Essa � quest�o que temos de orientar como estrat�gica de campanha para chegar aos jovens e dialogar com eles", concluiu.