
"Senti-me tra�da (pelo PT). O PMDB tem gente investigada e n�o tem sistema de corrup��o organizado como tem o PT", afirmou. "Da parte dele (Eduardo Cunha), sim", emendou Marta durante sabatina realizada pelo portal UOL, o jornal Folha de S.Paulo e o SBT. Marta deu a resposta ao ser questionada se haveria um esquema de corrup��o envolvendo o deputado federal afastado e ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado pela Justi�a e alvo de um processo de cassa��o do mandato.
Marta disse que, "como todo povo brasileiro", � favor�vel � cassa��o de Cunha, cuja proposta deve ser avaliada pelos deputados federais no plen�rio da C�mara em agosto. Para a senadora, n�o existe um grande partido sem investigados na Lava Jato e, na avalia��o dela, a opera��o da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico "veio para ficar e tem meu apoio".
Marta lembrou que o PT tem tr�s ex-tesoureiros presos e disse que o partido decepcionou eleitores e n�o somente ela. No entanto, afirmou ter tranquilidade de que n�o ter� o nome citado na opera��o, mesmo com empresas envolvidas na Lava Jato tendo doado dinheiro � sua campanha ao Senado, ainda pelo PT, em 2010. "N�o temo ser investigada. Quem controlava as finan�as e a comunica��o do partido foi o partido e n�o eu. Temor zero", resumiu a pr�-candidata.
Ela criticou ainda o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva pelo fato de ele n�o ter assumido a candidatura � Presid�ncia da Rep�blica ainda em 2014 e de ter mantido o apoio � reelei��o da agora presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo Marta, ap�s Lula n�o ceder aos apelos, ela teve uma �ltima conversa com o ex-presidente e informou que deixaria o PT.
"Eu tinha clareza que Dilma seria um desastre, e que o Brasil seria uma Venezuela. Ele (Lula) desistiu de ser candidato, eu disse que seria erro crasso e que buscaria o meu caminho. Depois disso nunca mais falei com ele", afirmou a senadora. Ela considerou como o maior erro pol�tico de Lula, al�m da escolha de Dilma, o apoio ao atual prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT).
Marta defendeu o apoio recebido do vereador Andrea Matarazzo (PSD), que ser� seu candidato a vice, mesmo com as cr�ticas feitas pelo parlamentar a ela no passado, quando a senadora ainda estava no PT e ele no PSDB.
Para a pr�-candidata, h� uma converg�ncia entre ambos e a vinda do PSD e de Matarazzo para a sua campanha trouxe tamb�m o apoio de quadros tucanos, como o do ex-governador Alberto Goldman e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os quais, segundo ela, n�o apoiar�o o candidato do PSDB, Jo�o Doria.
"Goldman e FHC n�o est�o com o Doria. N�o sa�ram do PSDB, mas vieram com ele (Matarazzo) e eu fico contente", disse. "PT e PSDB sempre foram as duas grandes for�as em S�o Paulo e essa polariza��o que o paulista est� acostumado n�o vai existir mais. Tem outro caminho que junta as duas coisas boas dos dois partidos", emendou.
Ainda segundo a pr�-candidata, apesar de n�o contar com a presen�a do presidente em exerc�cio Michel Temer (PMDB) na conven��o do partido que ratificar� sua candidatura para tentar voltar � Prefeitura de S�o Paulo, s�bado (30), ela disse que espera contar com ele no palanque, ao menos no segundo turno.