Bras�lia - Preocupado em evitar ru�dos na base aliada, principalmente com o PSDB, o presidente em exerc�cio, Michel Temer, divulgou neste domingo, 31, uma nota negando que tenha inten��o de disputar a elei��o de 2018. Temer decidiu tomar a iniciativa depois que o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que, se o impeachment de Dilma Rousseff for aprovado, o peemedebista ser� candidato ao Planalto em 2018, com apoio da coaliz�o.
"Fico honrado com a lembran�a de meu nome como poss�vel candidato em 2018. Mas reitero, uma vez mais, que apenas me cabe cumprir o dever constitucional de completar o mandato presidencial, se o Senado Federal assim o decidir", afirmou Temer, em uma refer�ncia � vota��o do impeachment da presidente afastada, que deve come�ar no pr�ximo dia 29. "N�o cogito disputar a reelei��o."
Na nota, de apenas seis linhas, Temer destacou que seu foco � o desenvolvimento do Pa�s, e n�o a possibilidade de reelei��o. "Todos meus esfor�os, e de meu governo, est�o voltados exclusivamente para garantir que o Brasil retome a rota do crescimento e seja pacificado", escreveu ele.
O governo interino tem hoje dois potenciais candidatos � sucess�o de 2018: o ministro das Rela��es Exteriores, Jos� Serra (PSDB), e o titular da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). O problema � que, nas fileiras do PSDB, tudo indica que haver� uma briga pela indica��o, j� que o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador A�cio Neves (MG), presidente do partido, tamb�m s�o pr�-candidatos.
Nesse cen�rio, h� rumores de que Serra pode deixar o PSDB e migrar para o PMDB de Temer - de quem est� se aproximando cada vez mais -, com o objetivo de concorrer � Presid�ncia. No PSD presidido pelo ministro das Comunica��es, Gilberto Kassab, o nome cotado para a sucess�o de 2018 � o de Meirelles.
"Tudo isso � factoide, pois 2018 est� h� anos luz de dist�ncia", amenizou o l�der do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), negando qualquer desconforto com a entrevista de Maia.
Na percep��o do Planalto, por�m, todas as articula��es passam pelo desempenho da economia nos pr�ximos meses. Nessas an�lises, o impeachment de Dilma � dado como "favas contadas". Em conversas reservadas, muitos acham que Temer poder� ser candidato para evitar a "fragmenta��o" da base, embora o diagn�stico em p�blico seja de que isso dividiria a coliga��o.
Para Maia, se Temer chegar a 50% de �timo e bom, ele ser� candidato "quer queira, quer n�o", podendo disputar o segundo turno com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, hoje r�u por tentar obstruir a Lava Jato.
"Michel j� disse que sair� da vida p�blica recompensado se colocar o Brasil nos trilhos. N�o h� hip�tese de ele ser candidato", afirmou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. "Uma candidatura � incompat�vel com esse trabalho. � fora de prop�sito", disse o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. "Se o PMDB ter� ou n�o candidato pr�prio em 2018 � outra coisa. Mas eu sou pol�tico, n�o sou cartomante." A