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Estado de Minas

'R$ 10 mi para PSDB foram abatidos de propina � Diretoria da Petrobras', diz Moro


postado em 02/08/2016 13:07

S�o Paulo e Curitiba, 02 - O juiz federal S�rgio Moro destacou em sua decis�o para autorizar a deflagra��o da Opera��o Resta Um - 33.� etapa da Lava Jato - que os R$ 10 milh�es supostamente pagos pela Queiroz Galv�o ao senador do PSDB S�rgio Guerra, em 2009, para abafar a CPI da Petrobras, teriam sido abatidos do montante da propina devida pela empreiteira � Diretoria de Abastecimento da estatal petrol�fera.

"O epis�dio envolvendo a CPI da Petrobras de 2009 n�o caracteriza, em princ�pio, somente crime de corrup��o, mas igualmente obstru��o � Justi�a", anotou Moro. "H� provas de que a Queiroz Galv�o teria pago dez milh�es de reais para obstaculizar a investiga��o da CPI."

A transa��o envolvendo S�rgio Guerra (morto em 2014), ent�o presidente nacional do PSDB, � um dos motivos que levaram o juiz da Lava Jato a decretar a pris�o preventiva de dois dirigentes da Queiroz Galv�o, Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes.

Outro personagem da transa��o foi o ent�o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, primeiro investigado na Lava Jato que fechou acordo de dela��o premiada e apontou propinas para ao menos 28 deputados e senadores, entre os quais Guerra.

"Ildefonso Colares Filho esteve envolvido mais diretamente nesse epis�dio, mas n�o � cr�vel que tenha atuado isoladamente", anotou S�rgio Moro. "Considerando os valores envolvidos, tratou-se de uma a��o em nome da empresa e envolvendo os valores de propinas que eram acertadas por ele e por Othon Zanoide de Moraes com o Diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Com efeito, o valor pago ao senador S�rgio Guerra teria sido abatido do montante da propina devido � Diretoria de Abastecimento", escreveu Moro.

No entendimento do juiz, "tal comportamento, embora pret�rito, revela, at� mesmo pela ousadia de suborno de parlamentares federais e membros de uma CPI, risco � investiga��o e � instru��o do processo, n�o sendo de se excluir a possibilidade de que tentativas equivalentes sejam adotadas".

Ao fundamentar a ordem de pris�o contra os executivos ligados � Queiroz Galv�o, o juiz aponta para amea�as � investiga��o e cita contratos falsos envolvendo empresas de Paulo Roberto Costa e de outros dois delatores da Lava Jato, os doleiros Leonardo Meirelles e Alberto Youssef.

"N�o se trata do �nico indicativo de risco � instru��o. Os repasses das propinas foram ocultados com a simula��o de v�rios contratos de presta��o de servi�os, pelo menos com a Global Consultoria, de Paulo Roberto Costa, KFC Hidrossemeadura, de Leonardo Meirelles, e Empreiteira Rigidez, de Alberto Youssef. A falsifica��o de documentos para acobertar crimes tamb�m coloca em risco a integridade da instru��o e da investiga��o, havendo risco da produ��o de novos documentos falsos para conferir suporte a contratos simulados."


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