S�o Paulo, 05 - O engenheiro Andr� Gustavo de Farias Pereira, ligado � Queiroz Galv�o, afirmou � Pol�cia Federal na ter�a-feira, 2, que o contrato firmado entre a construtora e a Empreiteira Rigidez, usada pelo doleiro Alberto Youssef para pagar propina, foi 'ato falho'. O executivo foi alvo de condu��o coercitiva - quando o investigado � levado a depor e liberado - na Opera��o Resta Um, 33� fase da miss�o Lava Jato.
Pelo contrato, o Cons�rcio Ipojuca Interliga��es, que participou de obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, pagou R$ 250 mil em 3 de janeiro de 2011 � Empreiteira Rigidez.
"Tomou conhecimento desses fatos somente atrav�s da imprensa, n�o tendo nenhuma participa��o nesse contrato; que perguntado de quem partiu a decis�o de celebrar o contrato ideologicamente falso, respondeu que o declarante tomou conhecimento atrav�s da imprensa e foi questionar internamente, tomando conhecimento de que foi um ato falho e n�o um contrato ideologicamente falso", declarou.
O doleiro Alberto Youssef, segundo as investiga��es, usava a Empreiteira Rigidez 'para ocultar/dissimular repasses de recursos de origem criminosa' ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s Paulo Roberto Costa e ao Partido Progressista.
Um dos delatores do esquema de corrup��o instalado na estatal entre 2004 e 2014, Youssef relatou que o contrato era 'ideologicamente falso', ajustado com Othon Zanoide de Moraes Filho, dirigente da Queiroz Galv�o preso na Opera��o Resta Um.
� PF, Farias Pereira disse que procurou saber internamente sobre o contrato, depois de 'tomar conhecimento pela imprensa'. "Segundo explicado ao declarante, havia uma grande quantidade de contratos com diversas empresas sendo celebrados ao mesmo tempo, raz�o pela qual, segundo informado ao declarante, ocorreu uma falha que gerou essa confus�o entre contrato, distrato, pagamento com a Empreiteira Rigidez", disse.
A Federal questionou Farias Pereira se algu�m foi responsabilizado pelo 'ato falho'. "Da data em que os fatos ocorreram no ano de 2010, at� a data que o declarante tomou conhecimento dos fatos, no ano de 2014, Olavo (um dos signat�rios do contrato) j� havia sido desligado da empresa, sendo que Tito (outro signat�rio) continuou; no entanto, com rela��o a Tito, este foi informalmente repreendido pelos gestores, na medida em que era um funcion�rio muito antigo, que sempre prestou bons servi�os para a Queiroz Galv�o, sendo que isso foi levado em considera��o."