
A estudante de jornalismo Patr�cia L�lis, de 22 anos, que denunciou o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) por tentativa de estupro e agress�o, pediu apoio � Procuradoria Especial da Mulher do Senado na tarde desta segunda-feira.
Acompanhada de um advogado, ela deu entrevista coletiva � imprensa e contou sobre as agress�es sofridas em 15 de junho, quando foi mantida presa no apartamento do pastor Feliciano, em Bras�lia.
“Uma vizinha ouviu os gritos. Ela tocou tantas vezes a campainha que n�o teve como ele n�o abrir. Quando ela abriu, eu sa�”, afirmou.
Militante do PSC Jovem, Patr�cia disse ainda que ela n�o � a �nica mulher a ter sido assediada por ele.
“Eu n�o fui a primeira mulher, mas eu fui a �nica que denunciei at� agora e espero muito ser a �ltima. Esse tipo de caso acontece bastante, ainda mais com a pessoa que eu estou denunciando. Ningu�m teve coragem de denunciar”, afirmou.
De acordo com a estudante, ela nunca foi amea�ada por Feliciano, tarefa que cabia ao assessor dele, Talma Bauer. “As amea�as sempre vieram do Bauer. Eu tinha medo de morrer”, afirmou.
Ela ponderou ainda que entregou senhas do Facebook e acesso ao WhatsApp a Bauer coagida. “Ele me amea�ava, estava armado. Dei as senhas para ele.” Segundo ela, Bauer instalou o WhatsApp Web para responder �s pessoas, e a mantinha perto para se conectar.
Sobre a grava��o e postagem de v�deos em que nega a tentativa de estupro por parte de Feliciano, a estudante do �ltimo per�odo de jornalismo disse que foi a S�o Paulo para uma entrevista de emprego com Emerson Biazon, que se identificou como diretor da Record de Campinas.
No entanto, Bauer foi acionado e chegou ao local, obrigando-a gravar v�deos em defesa de Feliciano.
A Procuradoria vai encaminhar as den�ncias para o Minist�rio P�blico Federal. H� duas representa��es pedindo que o deputado seja investigado: Procuradoria da Rep�blica do Distrito Federal e uma na Procuradoria Geral da Rep�blica, protocolada por um grupo de deputadas.