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Estado de Minas

Fornecedor de campanha de Dilma diz que pagamento de empresa foi por d�vida do PT

Ele recebeu R$ 300 mil de empresa acusada de corrup��o na opera��o 'Custo Brasil'


postado em 09/08/2016 14:31 / atualizado em 09/08/2016 15:07

S�o Paulo - O empres�rio Carlos Roberto Cortegoso, dono da Focal Confec��es e Comunica��o Visual - segunda maior fornecedora da reelei��o da presidente afastada Dilma Rousseff, em 2014 -, afirmou � Pol�cia Federal que os R$ 300 mil que recebeu de empresa acusada de corrup��o na Opera��o Custo Brasil foi indica��o do PT para recebimento de d�vida de campanha.

"Recebeu valores da empresa Consist. Os valores recebidos foram em torno de R$ 300 mil. N�o foi prestado nenhum servi�o para a Consist", registrou a Pol�cia Federal, no depoimento prestado por Cortegoso, no dia 21 de julho. "O declarante explica que isso aconteceu devido a cr�ditos que o declarante e/ou sua empresa tinha junto ao PT por servi�os realizados e n�o pagos no passado."

Cortegoso foi alvo de condu��o coercitiva na Opera��o Custo Brasil, que teve como alvo central a Consist Software, empresa acusada de repassar R$ 100 milh�es em propinas entre 2010 e 2015 para o PT e agentes p�blicos, entre eles o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunica��es) e a sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Desdobramento da Opera��o Lava-Jato, a Custo Brasil apontou pagamento da Consist para a CRLS Consultoria e Eventos, outra empresa de Cortegoso. Em dela��o premiada, o ex-vereador do PT Alexandre Romano confessou que foi respons�vel pela indica��o de repasse da Consist para a firma do "gar�om de Lula" em 2010.

PT

Em depoimento prestado na Pol�cia Federal, em S�o Paulo, Cortegoso - que � conhecido como o "gar�om do Lula" - disse que presta servi�os para o PT desde 1989, quando o partido disputou a elei��o presidencial com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva contra o presidente eleito Fernando Collor de Mello.

Cortegoso contou que trabalha para o PT "h� muitos anos", desde a campanha do Collor". Que em 2010 tinha de R$ 3 milh�es a R$ 4 milh�es para receber do partido e tinha "interesse em continuar a prestar servi�os" e receber a d�vida.

"Esse pagamento de cerca de R$ 300 mil foi um abatimento de parte dessa d�vida", conta o dono da Focal.

Ele apontou o nome do ex-ministro Luiz Gushiken (morto em 2013) como a pessoa que indicou o esquema e relacionou os valores � uma d�vida da campanha de 208 na prefeitura de Mau�. Na disputa, o eleito foi o prefeito, que foi cassado.

"Conversando com o sr. Luiz Gushiken sobre a d�vida do partido em rela��o a Mau�, ele (Gushiken) ficou de buscar uma solu��o se n�o total, ao menos parcial", afirmou Cortegoso. Posteriormente, Gushiken me passou o telefone do Sr. Alexandre Romano e que eu j� conhecia de vista, mas n�o tinha rela��o. Gusshiken me disse que Romano me pagaria."

Romano fechou acordo de dela��o premiada e confessou que operou propinas para o PT e pol�ticos do partido no contrato da Consist, sobre empr�stimos consignados de servidores federais, feito via Minist�rio do Planejamento.

Cortegoso � propriet�rio da CRLS e da Focal Confec��es e Comunica��o Visual, que recebeu R$ 25 milh�es na �ltima campanha de Dilma e ficou atr�s apenas do publicit�rio Jo�o Santana (R$ 70 milh�es), preso preventivamente, em Curitiba, na Lava Jato. Ambas ficam em S�o Bernardo do Campo, no ABC paulista.

No fim dos anos 1990, Cortegoso montou uma empresa de produ��o de camisetas e material de campanha. Com a chegada do PT ao Pal�cio do Planalto, em 2003, o neg�cio cresceu rapidamente e ele virou o principal fornecedor do partido. Desde a disputa de reelei��o de Lula, em 2006, ele virou o principal fornecedor de estruturas de palanques e materiais de campanha, como faixas, placas e banners. O empres�rio � conhecido como "gar�om de Lula" por ter trabalhado em restaurante onde sindicalistas petistas se encontravam.

"A referida empresa � uma produtora, que fazia eventos para o PT, e que tinha cr�ditos com o PT. Cortegoso teve evolu��o patrimonial bastante r�pida, tendo sido gar�om e atualmente teria at� mesmo avi�o em seu nome", afirmou a Procuradoria da Rep�blica.

Al�m de envolver Gushiken, que est� morto, Cortegoso vinculou os R$ 300 mil recebidos da Consist, sem presta��o de servi�os, a d�vida da campanha a prefeito de M�rcio Chaves, em Mau�, que foi cassada.

Cortegoso negou ainda ter sido gar�om de Lula. Ele disse que foi gar�om em S�o Bernardo, mas nunca trabalhou no restaurante S�o Judas, da fam�lia Demarchi, amiga do ex-presidente. Ele explicou que acabou entrando para a fam�lia ap�s se casar com a filha de Demarchi


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